segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DIREITOS IGUAIS PARA PESSOAS DIFERENCIADAS

Por Vânia Moreira Diniz (Brasília, DF)

(Em Homenagem ao dia Internacional da Mulher que está próximo)

Nasci como já disse algumas vezes em meio a homens como meu pai e avô, defensores e admiradores da mulher em sua essência mais profunda. Ouvia meu avô dizer que se o mundo fosse um matriarcado, ou seja, liderado por mulheres, seria outro, mais gentil, humano e verdadeiro. Evoluído e com um desenvolvimento mais acelerado. Era isso que eu entendia. A figura da mulher enaltecida, amada e admirada profundamente com sua profunda característica de sedução o que a tornava quase uma deusa da mitologia grega.

Acresce que não era um mito que eles apreciavam, mas a figura feminina em sua essência mais profunda, lutadora e persistente, misto de fascínio e coragem.

Quando mais tarde pude notar o preconceito que se formava em torno, o mundo discriminativo e machista compreendi a luta empreendida há já muitos anos, mas que não chegara ao fim determinado como, na verdade, ainda hoje. Queremos e precisamos de mais.

Muitas conquistas numa luta insana foram adquiridas, conseguimos até mesmo certa supremacia, a realização de uma vida lutadora e independente, a obrigatória forma com que os homens passaram a nos respeitar conscientemente. Mas isso ainda não nos bastava. Não era supremacia que queríamos verdadeiramente porque isso implicaria em reserva de atributos que não deveriam ser abandonados. Mas a igualdade diferenciada. Uma igualdade como seres humanos divididos em duas categorias ou gêneros, mas com nossos contrastes básicos de delicadeza, feminilidade, doçura, sedução, fascínio e oportunidades profissionais e direitos inatingíveis.

A grande luta é e será sempre para que se compreenda que não podem existir dois sexos completamente semelhantes porque eles se completam e não se mesclam. O mundo não teria a menor graça, a vida não teria nenhum deslumbramento se fôssemos todos estritamente iguais.

Somos feitos da mesma matéria, sofremos igualmente, temos o mesmo poder de inteligência, talento e competência, mas nos contrastamos na forma básica de amar, sentir, no jeito de demonstrá-lo, nas necessidades intrínsecas, porém contrastantes de ser felizes. E na união dessas características é que poderemos encontrar o caminho da perfeição e verdadeira felicidade.

Estamos e continuaremos na nossa luta, embora pareça que agora há uma concepção mais atual e abrangente do que significa a emancipação das mulheres. Emancipar-se não é em absoluto se transformar, mas se fazer entendida nas potencialidades que estão ligadas a uma intensa feminilidade. Potencialidades essas que nos dá o direito de ter independência financeira e pessoal sem abrir mão do atributo mais elementar da mulher que é sua própria feminilidade. Na vida pública como particular a mulher carregará sempre seu fascínio natural como o homem sua masculinidade sem o que não estaria esclarecido o que significa emancipação.

Não nos tornamos iguais nem permitimos isso. O que estamos conseguindo não restringe nem elimina a própria personalidade feminina, doce e meiga, mas faz com que a mulher com todos os seus atributos cheios de encanto e enfeitiçadores tenham os direitos que são concedidos ao homem. Ser respeitada, oportunizada em sua profissão, com a independência que deve ser legada aos seres humanos diferenciados pela sua característica sexual, porém cidadãos e pertencentes ambos ao giro onipotente do planeta.

Não conquistamos ainda a luta, principalmente a compreensão que assim como o homem não abre mão de suas peculiaridades a mulher lança todos os dias seu grito de liberdade conservando gloriosamente suas qualidades intrínsecas de mulher competente e sedutora. E por isso nos atraímos, precisamos um do outro desesperadamente e igualmente independentes e mutuamente respeitados nos queremos e amamos realizando-nos como homem e mulher exatamente pelas diferenças naturais e intrínsecas. É isso que comemoramos no dia Internacional da mulher.

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