Por Ridamar Batista (Badajoz, Espanha)
O vento sopra tão bravo
parece golpe de espada
cortando a face da noite
deixando marcadas feridas
de onde o sangue não escorre.
Vem trazido de bem longe
faz a volta entre os montes
e chega aqui veloz, feroz e gelado.
A noite descabelada
geme de dor e de frio
mulher abandonada.
A lua acovardada, branca de medo
esconde detrás da chuva
que respinga em neve c lara
desnorteando os pássaros.
Vento! Gemido de dor
grito assombrado de morte
alma vivente perdida
num caminho sem volta.
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