Por Vânia Moreira Diniz (Brasília, DF)
Transformo minhas mãos em dádivas,
Ocultando o que afaguei em silêncio,
Libertando-me do calor que transformou
Em brasas o que já dorme em minha alma.
Sinto nelas o poder intenso da carícia,
Que nas pontas dos dedos escorre,
No sangue a latejar quente e célere,
Desenhando a escultura imaginada.
Minhas mãos que ritmadas desenham,
A imagem estranha que me transformou,
Em artista a elaborar fantasiosas miragens,
Já voam em busca da objetiva essência.
Encontro em seu toque o deleitoso prazer,
Tantas vezes em sensualidade transformado,
E a carícia simbolizada em energias,
Elabora na natureza seu poder de criação.
Minhas mãos encontram a fortaleza,
No simples tato doce e poderoso,
Evocando o vôo dos belos pássaros,
A procurarem no espaço a liberdade.
Sobre a autora: Vânia Moreira Diniz,Ph.I.,é escritora, poetisa e presidente da Academia de Letras do Brasil, Seccional Distrito Federal - ALB/DF
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