quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A ERA DOS EXTREMOS LIQUEFEITA

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Estamos vivenciando uma nova Era dos extremos, somente em tempos sombrios, onde o manto sombrio do nazifascismo cobria boa parte da Europa dita civilizada e, fazia ecoar, pelo mundo afora, seus discursos de ódios. Pessoas saíam orgulhosamente uniformizadas e empunhando bandeiras e estandartes em marcha pelas ruas recobertas pelo nacionalismo ufano, anticomunismo simplório e moralismo ingênuo.         
 Cercos em casas de pessoas progressistas, na calada da noite, cercos a artistas no meio da rua. O ser branco, cidadão de bem e cristão virou sinônimo de orgulho, assim como ser ignorante e truculento também.
A horda nazifascista, de hoje, ainda é desorganizado e carece de líderes carismáticos e infalíveis como a outra onda nazifascista. Nos dias atuais essas figuras populistas e histriônicas, foram substituídas por artistas sem talento, políticos menores, ricos líderes religiosos neopentecostais cristão e fundamentalista, pelo grande baronato midiático falido e boa parte do aparato repressor do Estado.

Na contemporaneidade liquefeita, os neonazifascistas timidamente replicam a velha formula de se organizar em siglas online que nada ou pouca coisa dizem. E o discurso de superioridade racial também é dito entre dentes e bem baixinho. Em suma: desorganizado, sem partido, sem rumo definido o pensamento extremista de direita ruge e urra, em praça pública, na internet e nos grande veículos de comunicação. O discurso de ódio de hoje em dia preservou a intolerância: os comunistas, gays, progressistas, feministas e não mais o judeu, este foi substituído pelos muçulmanos em fuga dos seus países em guerra.

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