domingo, 1 de abril de 2018

TROCARAM DEUS PELOS DEUSES


Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)

Diz a Bíblia, que depois de Moisés ter libertado da escravidão, os filhos de Israel, levou-os, através do deserto, para a terra Prometida.

Durante a longa e árdua viagem, o povo, seguiu-o, e Deus acompanhou-os. Por intermédio de Moisés, Jeové realizou numerosos milagres – sendo o maior de todos, a passassem do Mar Vermelho.

Mas, ao chegarem ao Sinai ou montes Horeb, como Moisés se demorasse a falar com Deus e a adorá-Lo, pediram a Aarão, para construir o “ Bezerro de Oiro”, para adorarem, semelhante ao touro Ápis.

E por que queriam o “ Bezerro”?

Porque, como todo o ser humano (que é um animal religioso,) necessitavam de ver, de possuir algo para adorar, já que deixaram de confiar no Deus de Moisés.

Também nós – quando escrevo “ nós”, refiro-me à Civilização Ocidental, dita cristã, – depois de termos “ saneado” o Deus de Moisés : do Lar, do Estado, da Escola, do Parlamento, da Sociedade,  andamos em demanda do Seu sucedâneo.

Quais são os sucedâneos de Deus?

São os deuses, os ídolos, criados pelo intelecto humano, e alimentados pela mass-media.

Em lugar destacado, surge o “ Sexo”, que não é um mal, mas pode tornar-se pernicioso para a alma e para o corpo. Depende do uso que se lhe dá.

Segue-se o “ Dinheiro”, que sendo um bem – se é racionalmente usado, – pode ser um mal. Depende da forma como é ganho e gasto.

Seguem-se “ídolos” menores, que o povo – que abandonou o Deus Verdadeiro, – busca para poder adorar, na precisão de preencher o vazio em que vive:

O “ Estado”, com todos os órgãos e departamentos. Aflitos, viram-se para o governo da nação, na esperança que este consiga resolver preocupações e problemas, que os atormentam, como se o “Estado” tivesse varinha de condão.

Outros “adoram” a Ciência. Julgam que Deus, se existiu, morreu, e a técnica substitui-O

A Medicina está muito adiantada – dizem e com razão, – faz verdadeiros “milagres”, mas não pode, nem sabe, resolver todas as enfermidades do corpo, e muito menos as do espírito.

Acreditam, sinceramente, que a tecnologia encontra-se de tal forma desenvolvida, que se pode afirmar, sem receio: que consegue solucionar todos os problemas. - Mas não sabe resolver o flagelo da fome; nem evita calamidades, como: tremores de terra, furacões, tempestades destruidoras.

Há ainda outros “Bezerros de Oiro”: são deusas menores, de pés de barro, semelhantes ao fogo de artifício, que alegra as romarias.

São eles, o: “ Sucesso”; “ Fama”; “Ascensão Social”.

Erguem-se; iluminam; encantam; arrastam multidões desvairadas… e morrem.

São “adorados” pelos fãs, que vivem para eles, mas não passam de foguetes de lágrimas: duram momentos…décadas; e caiem no esquecimento, logo que morrem.

Não são os ídolos, por mais que busquem os prazeres, os divertimentos, que encherão de felicidade os corações, mas o Pai, o Criador.

Procura-se, agora, afadigadamente, um deus, que não imponha leis; que aceite as ideias e desejos do homem actual; que faça a nossa vontade, e não a Dele, e há até “profetas” que o apregoam...

Mas esse deus não é o de Moisés. Não é o Deus bíblico.

Ao trocar Deus pelos “ídolos”, a humanidade só encontrará: guerras, doenças mentais, violências aterradoras, remorsos e angustias…; porque os “ídolos” só lhe dão centelhas de falsa felicidade.

Até quando o Ocidente andará cego?



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