Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
Diz
a Bíblia, que depois de Moisés ter libertado da escravidão, os filhos de
Israel, levou-os, através do deserto, para a terra Prometida.
Durante
a longa e árdua viagem, o povo, seguiu-o, e Deus acompanhou-os. Por intermédio
de Moisés, Jeové realizou numerosos milagres – sendo o maior de todos, a
passassem do Mar Vermelho.
Mas,
ao chegarem ao Sinai ou montes Horeb, como Moisés se demorasse a falar com Deus
e a adorá-Lo, pediram a Aarão, para construir o “ Bezerro de Oiro”, para
adorarem, semelhante ao touro Ápis.
E
por que queriam o “ Bezerro”?
Porque,
como todo o ser humano (que é um animal religioso,) necessitavam de ver, de
possuir algo para adorar, já que deixaram de confiar no Deus de Moisés.
Também
nós – quando escrevo “ nós”, refiro-me à Civilização Ocidental, dita cristã, –
depois de termos “ saneado” o Deus de Moisés : do Lar, do Estado, da Escola, do
Parlamento, da Sociedade, andamos em
demanda do Seu sucedâneo.
Quais
são os sucedâneos de Deus?
São
os deuses, os ídolos, criados pelo intelecto humano, e alimentados pela
mass-media.
Em
lugar destacado, surge o “ Sexo”, que não é um mal, mas pode tornar-se
pernicioso para a alma e para o corpo. Depende do uso que se lhe dá.
Segue-se
o “ Dinheiro”, que sendo um bem – se é racionalmente usado, – pode ser um mal.
Depende da forma como é ganho e gasto.
Seguem-se
“ídolos” menores, que o povo – que abandonou o Deus Verdadeiro, – busca para
poder adorar, na precisão de preencher o vazio em que vive:
O
“ Estado”, com todos os órgãos e departamentos. Aflitos, viram-se para o
governo da nação, na esperança que este consiga resolver preocupações e
problemas, que os atormentam, como se o “Estado” tivesse varinha de condão.
Outros
“adoram” a Ciência. Julgam que Deus, se existiu, morreu, e a técnica
substitui-O
A
Medicina está muito adiantada – dizem e com razão, – faz verdadeiros
“milagres”, mas não pode, nem sabe, resolver todas as enfermidades do corpo, e
muito menos as do espírito.
Acreditam,
sinceramente, que a tecnologia encontra-se de tal forma desenvolvida, que se
pode afirmar, sem receio: que consegue solucionar todos os problemas. - Mas não
sabe resolver o flagelo da fome; nem evita calamidades, como: tremores de
terra, furacões, tempestades destruidoras.
Há
ainda outros “Bezerros de Oiro”: são deusas menores, de pés de barro,
semelhantes ao fogo de artifício, que alegra as romarias.
São
eles, o: “ Sucesso”; “ Fama”; “Ascensão Social”.
Erguem-se;
iluminam; encantam; arrastam multidões desvairadas… e morrem.
São
“adorados” pelos fãs, que vivem para eles, mas não passam de foguetes de
lágrimas: duram momentos…décadas; e caiem no esquecimento, logo que morrem.
Não
são os ídolos, por mais que busquem os prazeres, os divertimentos, que encherão
de felicidade os corações, mas o Pai, o Criador.
Procura-se,
agora, afadigadamente, um deus, que não imponha leis; que aceite as ideias e
desejos do homem actual; que faça a nossa vontade, e não a Dele, e há até
“profetas” que o apregoam...
Mas
esse deus não é o de Moisés. Não é o Deus bíblico.
Ao
trocar Deus pelos “ídolos”, a humanidade só encontrará: guerras, doenças
mentais, violências aterradoras, remorsos e angustias…; porque os “ídolos” só
lhe dão centelhas de falsa felicidade.
Até
quando o Ocidente andará cego?
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