quarta-feira, 2 de maio de 2018

ABRIGADO NO SILÊNCIO EVITERNO

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

(Para Fáh Butler Rodríguez)
  
Em sonho!

O sidéreo poeta em dor...

Abrigou-se no silêncio eviterno!

Dispersou-se...

Na excelsa noite outonal!

Ao som ignoto...

De todas as sinfonias noturnas!

Em total êxtase...

Embriagado...

Pelo eflúvio da dama da noite!

***

O aedo imortal criou sintéticas asas!

E de mãos dadas...

Com a sacrossanta musa

Alçaram um ignoto voo!

***

Vem consorte meu...

Juntos alcançaremos os astros...

Trespassam...

Para além do cosmo infindo.

Perpetuamos...

O nosso sideral amor...

Para todo o sempre...

***

O sibilino poeta em dor!

Abrigou-se no silêncio eviterno!

Dos seus profanos versos!

***

Nessa hora ancestral…

O enamorado poeta em dor

Perdeu-se por completo!

E em sonho reencontrou-se...

Nos sibilinos braços.

Da sacrossanta musa imortal!

***

Abrigo-me

No silêncio eviterno teu!

Meu abstrato aedo

Em vão espero-te!

Pelo que não vem...

E que nunca virá

***

Em sonho!

Conclama o nome teu

Abrigo-me no silêncio eviterno

Durma para nunca mais acordar

Por fim


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