Por Samuel
da Costa (Itajaí, SC)
(Para
negra Valquíria)
Ficamos
nós dois mudos!
Calados!
Inertes!
Absortos!
Depois da
hora derradeira.
Bem depois
do amor...
Quando as
primeiras impressões,
Dissiparem-se
por completo.
E não
sobrar mais nada...
De nós
dois!
E tu ter
me esquecido,
Completamente!
***
Hei! Não
chore assim!
Faz um
pacto de sangue comigo.
De não nos
amarmos mais!
Quando o
carrasco vier nos buscar.
Quando o
destino nos afastar.
Para todo
o sempre!
***
Faz um
pacto de silêncio comigo!
Silenciamos!
O nosso
amor clandestino.
Para que
os deuses.
Tenham
piedade de nós.
***
Hei! Luz
da minha vida...
Não sonhe
mais comigo.
Em horas
impróprias...
Não digas
furtivamente!
Para mais
ninguém...
Que ainda
me amas.
Não digas
para os outros...
Que ainda
sonhas comigo!
Em horas
extremas.
***
Fui eu que
deixei...
As cinzas
das horas...
Levar o
meu platônico amor!
Por ti.
Minha
divina Luna!
E o olhar
da Medusa...
Sepultou o
meu profano amor
Por ti…
Para todo
o sempre.
Minha
Beltia imortal...
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