segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

CONSCIÊNCIA E LIBERDADE

Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)

O preço da cana-de-açúcar era a mão do escravizado sendo decepada. A cana-de-açúcar era moída em máquinas a vapor caso sua mão se prendesse ali o capataz com um facão nas mãos cortava o pulso. A mão saia e a produção de açúcar continuava. A Europa precisa de açúcar. Eles estavam fascinados com a combinação de café amargo com açúcar. A cana-de-açúcar foi a desgraça dos povos africanos. Eles não imaginavam que uma coisa tão rica no seu continente fosse tirar a sua liberdade.

Então entenda não se trata se uma simples história se trata das nossas origens por dolorosa que seja. Os donos das plantações plantavam nas suas fazendas cactos com espinhos para os negros não fugirem correndo nas plantações. O processo do corte cana-de-açúcar ainda continuo o mesmo, a mão de obra humana, nada de máquinas e se você perceber ainda existe muitos negros nesse trabalho.

Pare e pense os negros africanos que foram escravizados por brancos, esses sempre fizeram questão de ocultar toda a história nos livros escolares. Provavelmente para ficarem no papel de vítimas e nós de culpados. Então não entre nessa ideologia de racismo recesso que tentam colocar na nossa mente. Por acaso você já viu nas delegacias de polícia brancos e brancas fazendo queixa contra crime racial sofrido por conta de um negro?

O negro nunca passou de mercadoria e a igreja católica foi responsável também desse processo de escravidão. O papa naquele período assinou o documento permitindo a Espanha escravizar africanos. Para a igreja católica os africanos eram pagãos e por serem pagãos não mereciam liberdade. A igreja sempre teve os povos africanos como não cristão por causa da sua cultura e rituais religiosos. E própria igreja católica era proprietária de escravos  

Clarisse da Costa é poetisa e militante do movimento negro em Biguaçu, SC. 

Contato: clarissedacosta81@gmail.com

 

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