Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
O preço da cana-de-açúcar era a mão do
escravizado sendo decepada. A cana-de-açúcar era moída em máquinas a vapor caso
sua mão se prendesse ali o capataz com um facão nas mãos cortava o pulso. A mão
saia e a produção de açúcar continuava. A Europa precisa de açúcar. Eles
estavam fascinados com a combinação de café amargo com açúcar. A cana-de-açúcar
foi a desgraça dos povos africanos. Eles não imaginavam que uma coisa tão rica
no seu continente fosse tirar a sua liberdade.
Então entenda não se trata se uma simples
história se trata das nossas origens por dolorosa que seja. Os donos das
plantações plantavam nas suas fazendas cactos com espinhos para os negros não
fugirem correndo nas plantações. O processo do corte cana-de-açúcar ainda
continuo o mesmo, a mão de obra humana, nada de máquinas e se você perceber
ainda existe muitos negros nesse trabalho.
Pare e pense os negros africanos que foram
escravizados por brancos, esses sempre fizeram questão de ocultar toda a
história nos livros escolares. Provavelmente para ficarem no papel de vítimas e
nós de culpados. Então não entre nessa ideologia de racismo recesso que tentam
colocar na nossa mente. Por acaso você já viu nas delegacias de polícia brancos
e brancas fazendo queixa contra crime racial sofrido por conta de um negro?
O negro nunca passou de mercadoria e a
igreja católica foi responsável também desse processo de escravidão. O papa
naquele período assinou o documento permitindo a Espanha escravizar africanos.
Para a igreja católica os africanos eram pagãos e por serem pagãos não mereciam
liberdade. A igreja sempre teve os povos africanos como não cristão por causa
da sua cultura e rituais religiosos. E própria igreja católica era proprietária
de escravos
Clarisse da Costa é poetisa e militante do movimento negro em Biguaçu, SC.
Contato: clarissedacosta81@gmail.com
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