Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
Ao assistirmos o [filme] "Titanic" vemos muitas
situações que se formos reparar são bem atuais. O pobre que não podia se
misturar ao rico, ficava sempre na terceira classe. Se estivesse bem vestido
era um bom cavalheiro e uma boa dama. A roupa e o dinheiro eram status, não
importava o caráter da pessoa. Se você levar isso para um relacionamento entre
homem e mulher o que conta na maioria das vezes é o corpo perfeito. A moça mais
bonita é a que está usando um bom decote.
As mulheres da área nobre não podiam
contrariar os homens ou sequer abrir a boca para expor suas opiniões, isso era
falta de educação. — Olha os bons modos minha filha. — Diziam as velhas
senhoras. Ela tinha que estar impecável nas vestimentas e sentar corretamente.
Quando
os homens iam conversar as mulheres não podiam fazer parte das conversas, para
elas só cabiam o trivial, coisas de moças como diziam mães e tias.
A sociedade era feita por homens e para
homens. Muitas dessas mulheres eram
prometidas à homens ricos para que a família não perdesse o pouco que tinham.
Quem era rico tinha medo de ser pobreza, então faziam de tudo custo que custar
para que isso não acontecesse.
E se você tiver um olhar mais profundo
verá que todos são brancos. O negro sequer tinha a oportunidade de desfrutar um
pouco dessa vida cheia de luxo.
Clarisse da Costa é cronista e militante do movimento negro, em Biguaçu, SC.
Contato:
clarissedacosta81@gmail.com
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