segunda-feira, 1 de novembro de 2021

UM ESPÍRITA NO UMBRAL

 Por Marcelo de Oliveira Souza - IWA (Salvador, BA)

 

Na condição umbralina

Vem homem, mulher, cumprir sua sina...

A religião, muito nos ensina

A ter amor, seja a quem for.

 

O espírita, caridoso e orgulhoso

Esqueceu que o orgulho é pecaminoso...

Fez benfeitoria, mas mal à sua energia,

Achou que espírita tinha passe especial.

 

Lei do engano

Quanto mais se sabe,

Mais cobrança no final,

Toda religião é igual!

No céu, Deus é universal

Na Terra ele reina, defende-nos do mal.

 

O espírita do umbral

Não acreditou,

Pensava que ser Kardecista

Era passaporte espiritual.

 

Quem o recebeu, nesse local

Explicou para ele a fonte do mal...

Onde o anjo iluminado, espírito

Teve papel essencial.

 

Como espírita, reconheceu

Sendo isso fundamental

Pois o orgulho, é  ferida

Que se alastra n'alma até na despedida.

 

A alma resignada

Compreendeu e foi levada

Ao plano superior

Aliviada do castigo,

Viu umbralunos com dor.

 

Achou que se deu bem

Almas enterradas na lama

Ele via de cima,

O orgulho proclama,

A alma que se engana!

 

Volta a condição inicial

Castigo ao orgulho umbilical

Mas resignado entrega-se a Deus,

Que sempre poderoso,

Jamais abandona os teus.

 

Numa verve de repente

O que era escuro, sai da mente,

Para uma luz branca intermitente,

Onde o orgulho minha gente

O jogou no martírio indigente...

 

Mas a resignação

É bálsamo que o salva,

Levando-o ao reino do céus

Concedendo o perdão!

 

Onde na vida ou na morte

Não importa sua sorte

Estar com Deus é o passaporte

Sem orgulho, com caridade

Seja qual for a religião.

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