Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Para a poetisa Clarisse da
Costa
‘’Do magnificente convite
teu...
Eu tenho que recusar... Vivo e
morro todos os dias
E todas as noites... E em
eufônios estribilhos
Que circunvago a esmo... Na
hirta realidade liquefeita’’
Clarisse Cristal
Lenny, cândida e feliz, abriu a janela rústica e o sol inundou o quarto de
hóspede. Ela pensou nas diferenças de estar ali, parada e olhando o jardim, em
vez de um fundo infinito, painéis, suportes para painéis, refletores,
rebatedores e pontes móveis.
Lenny pensou, e se regozijou, no fato de estar livre, pelo menos naquele
momento, dos controladores digitais de temperatura e de todas as parafernálias
digitais e analógicas, que para ela são inutilidades tecnológicas. Ela ficou
livre de todas as fúteis e inutilidades elétricas e eletrônicas, de um estúdio
de fotografia, objetos fúteis para controlar o ambiente. Os rebatedores
reluzentes, lâmpadas frias e quentes ficaram para trás em definitivo.
De fato, o que ficou mesmo da outra vida foram as técnicas aprendidas e algumas
poucas amizades verdadeiras, para toda a vida. E no campo material, o que
ficou, sem mágoas e desilusões, foram as muitas máquinas fotográficas
analógicas e os tripés que a acompanharam até aqui. E não os penduricalhos
inúteis, fruto da recente avalanche digital!
Outra questão surgiu, sem aviso algum, na mente da jovem mulher, foi o pai de
Lenny. Ele é um bruxo? Um mago? Um sensitivo? Um místico? A fotógrafa de
profissão, refletiu e não encontrou a resposta, em nenhum lugar. Ela só soube,
o que ele queria, ao procurá-la no momento exato e hora, mais que perfeita,
quando Lenny decidiu abandonar a pomposa e, bem remunerada fotografia
profissional de estúdio.
— Madalena! Vem aqui, mulher! — A voz firme, mas ponderada, da jovem dona do
solar, ecoou pelos corredores da casa velha, um imóvel antigo e aconchegante,
pertencente à família de Lenny há décadas. Naquele lugar, ela passou muitos
verões e feriados bem divertidos, quando a família deixava o frio e sisudo vale
europeu e baixava ao litoral quente e agitado.
— Sim madame Lenny! — Eis que surgiu a assistente de produção, sabe-se lá de
onde!
— Madalena, minha querida, o que tu pensas a respeito do meu pai? — Fez a
pergunta fatídica à fotógrafa, que ainda olhava pela janela. A pergunta, pegou
a pequena e frágil assistente, como se fosse uma agressão física, dada por
alguém próximo a ela.
— Madame? — Chocada, respondeu Madalena.
— Deixa pra lá mulher! — Disse a fotógrafa e pensou o quanto ele era uma
criatura insípida, obtusa, sem sal e sem açúcar e prosseguiu dizendo. — Quero
que tu vás, ao comércio local, às lojas de fantasias, de moda praia e de roupas
íntimas.
— O que devo comprar, madame? Algo específico? — O tom lacônico da pequena
assistente, de reluzentes cabelos negros e curtos deixou a dona da casa
irritada, mais uma vez.
— Pegue! — Lenny passou para a assistente, uma lista escrita à mão, uma breve
lista de compras, escrita em um bloco de notas. — Qualquer coisa, qualquer
dúvida, me liga! — A fotógrafa estava cheia, da avalanche tecnológica, ela
ansiava pelo palpável, pelo tangível, que fizesse peso da materialidade nas
mãos. — A lista tem o que eu quero e endereço das lojas, são todas vizinhas,
qualquer problema manda os gerentes me ligarem.
— Mas madame, o que eu devo comprar? — Perguntou em pânico a assistente de
produção e ponderou — Não está especificado na lista!
Lenny, ansiosa, foi procurar um maço de cigarros nos bolsos e não o encontrou,
pois eles não existiam. A fotógrafa, se virou, se precipitou e avançou de forma
voraz, para cima da assistente e pegou no bolso do cassaco dela um cigarro
eletrônico e lentamente levou até a boca. Lenny tragou o aparelho eletrônico, o
sabor mentolado inundou, as papilas gustativas, da jovem fotografa, que
momentaneamente, pelo menos, fez Lenny repensar os prazeres, de ter perto das
mãos as praticidades dos bens eletrônicos.
— Quero que compre tudo! — Bradou a dona da casa.
— Tudo madame? — Gemeu a assistente de produção.
— Cores e tamanhos de peças íntimas, moda praia, robes
e quimonos, roupas sensuais e fantasias eróticas e exótica! Seja criativa, pelo
menos uma vez na vida mulher! O que não está na lista, tu podes encontrar em
Sexy-Chopps, luvas, sapatos, chicotes e acessórios. — Falou Lenny de forma
enfática.
A maioria das lojas, que
estavam na lista, dada a Madalena, estavam ligadas à família de Lenny, de um
jeito ou de outro. E a maioria, dos donos e das donas, dos gerentes, dos
subgerentes, dos vendedores, das vendedoras, dos revendedores e dos fornecedores
das lojas, conheciam pessoalmente Lenny e de longa data.
— Vá! E vá agora e mande pôr
na minha conta pessoal e qualquer coisa me liga! — A voz alta, imperativa e
incisiva fez a amedrontada assistente de produção girar nos calcanhares e
desaparecer das vistas da dona da casa.
Agora sozinha e indo em direção à cozinha, a fotógrafa pensou em uma cerveja
gelada. Mas optou em fazer um café forte, para quem foi educada a não se ater
em fazeres domésticos, degustar o ato de passar um café, no coador de pano, foi
um ato libertador. O que Lenny queria mesmo, era ficar sozinha, para refletir,
medir os passos milimetricamente, como quem vai à guerra. A fotografa, percebeu
um volume no bolso, e percebeu que era o cigarro eletrônico de Madalena.
De fato, Madalena ficou fora o dia todo e Lenny recebeu os telefonemas dos
lojistas, gerentes das lojas e revendedores, muitos deles angustiados e
receosos, com a novidade. A fotógrafa, recebeu os nervosos e angustiados
telefonemas, no velho aparelho de linhas. Pois Lenny, abandonou os celulares e
as outras, parafernálias eletrônicas, pelo menos momentaneamente. Lenny, a
fotógrafa de profissão, resolveu ficar sentada, ao lado do velho e analógico aparelho
telefônico fixo. Lenny, passou parte da manhã e boa parte da tarde, entre
divagações aleatórias e chatices do mundo real, em que vivia. Ao telefone,
repassando para Madalena, as mesmas orientações, que tinha dado horas
antes.
— Bruxo maldito! — O sussurro Lenny, que preferiria pensar em outras coisas,
pois não queria pensar no pai, não naquele momento libertador.
Ainda sentada, ao lado do telefone de linha, Lenny involuntariamente retomou, o
que tinha ocorrido a poucos dias, ela estava cansada de trabalhar no badalado
estúdio fotográfico de ponta. Com a agenda cheia, Lenny, que recebia por Jobs,
era remunerada pelos trabalhos que fazia, ela atendia de forma profissional
todos e todas, independente da classe social, raça ou religião, fosse quem
fosse. Atendia a todos e todas do mesmo jeito, fato que irritava e muito a
afetada dona do estúdio. A irritação passava, quando a dona do estúdio,
lembrava de quem era o pai de Lenny, o sócio majoritário do estúdio fotográfico
e também responsável pela agenda do lugar estar sempre cheia.
Lenny, queria mesmo mudar de vida, de ritmo de trabalho. La belle Femme foi o
nome que brotou na cabeça da fotógrafa, foi como um raio. Um projeto ousado,
fotografaria somente mulheres, trajando roupas sensuais e provocantes.
Liberdade e sensualidade, seriam o norte do projeto, mas tinha dois detalhes
nadas pequenos: faltavam o dinheiro e as clientes. Dois detalhes, que Lenny
pensava que logo iria superar, mas como sempre o pai da fotógrafa, estava lá.
Era como um primitivo predador a capturar alma perdidas, não de forma
aleatória, mesmo assim ele estava sempre no lugar certo e no momento exato.
Dotado, de um senso de oportunidade ímpar, que simplesmente beirava ao
sobrenatural, o pai de Lenny, o todo-poderoso senhor Blumenthau, que para além
das capitais do estado e a capital federal, ele só saída da sua base eleitoral,
em momentos especiais e excepcionais. O político experiente, apareceu sem
avisos prévios, no estúdio onde a filha mais nova trabalhava. O pai de Lenny
apareceu do nada, agindo como sempre agia, como se estivesse em uma duríssima
campanha eleitoral.
Cumprimentou efusivamente o andar de baixo em primeiro lugar, como sempre
fazia. Do servente, que varia as ruas e por acaso do destino, estava na frente
do estúdio, fazendo o seu serviço. E adentrando de forma triunfante, no estúdio
fotográfico, o pai de Lenny distribuiu afagos, sorrisos e abraços. Da
sorridente e simpática zeladora, passando pela pomposa recepcionista do estúdio
fotográfico. E por fim, o espetáculo eleitoral, terminou com os clientes do
estúdio, que ocasionalmente estavam por ali para pagar ou agendar os serviços
feito por Lenny. Foram as tradicionais, piadas ácidas, os beijos nos rostos e
mãos, os calorosos abraços, os sorrisos trocados e fotografias tiradas com o
poderoso e famoso político local. E o fato, do pai de Lenny, saber os nomes de
todos e todas e perguntar por parentes próximos e distantes, nascimentos e
mortes das pessoas desconhecidas, já não assustava mais Lenny, a filha mais
nova do senhor Blumenthau.
— Em campanha, seu
calhorda safado? — Irritada, gritou uma mulher idosa que passava na rua.
— Passou da hora de alguém lavar a tua boca com sabão, minha jovem menininha
moça! — Devolveu o pai de Lenny e os risos tomaram conta de todos e todas, até
da mulher idosa.
E de repente, Lenny se lembrou de um dia em especial, de uma conversa com um
antigo amigo e aliado político, momentâneo, do pai da fotógrafa. Sem rodeios,
ele usou a palavra inumano, foi esta palavra que ele usou para definir o senhor
Blumenthau. O homem confidenciou para Lenny que, na juventude distante, os dois
eram ferrenhos adversários políticos. Ele também disse que o senhor Blumenthau
tinha a façanha de aproveitar todas as oportunidades que lhe apareciam. De
pequenas vitórias pessoais, passando por grandes tragédias regionais e
nacionais, ele sabia desaparecer discretamente em momentos ruins e ressurgir do
nada, de forma triunfal e teatral, no momento exato. E também disse que nada
pesava contra a reputação do senhor Blumenthau, nenhum desvio ou falha, grande
ou pequena. Não que o velho pai de Lenny fosse um covarde e um aproveitador
barato qualquer, que sabia sumir com problemas e dores de cabeça, tão comuns a
detentores do poder. Era mais que isto, bem mais, dos grandes segredos desagradáveis,
bem guardados e resguardados, do senhor Blumenthau, diziam a boca pequena que
ele não tinha segredos a serem revelados. Não que o passado do grande político
não tenha sido revirado, de forma abissal, por adversários e aliados
momentâneos e perpétuos e nada de relevante foi encontrado. Nada para ser
revelado de forma bombástica, para além dos pequenos deslizes, que qualquer
possa ser atingido.
Lenny se lembrou do irmão mais velho, que se formou em direito e se
especializou em direito penal. O fato de o irmão abandonar uma carreira sólida
e promissora na advocacia, em algum dos muitos escritórios do pai, mas o irmão
de Lenny optou por ser um funcionário público de pequeno escalão.
O ato rebelde do filho mais velho não incomodou, nem um pouco, o poderoso
senhor Blumenthau. Nem depois, quando o mesmo irmão apareceu a tiracolo com uma
jovem advogada negra, em casa. Era a filha de um ativo sindicalista e opositor
ferrenho, do senhor Blumenthau, iriam se casar logo se viu. E o senhor
Blumenthau não se incomodou nem um pouco com o fato, ele fez somente uma
imposição, de bancar um pomposo casamento. Foi essa a única questão,
incondicional, para aceitar o enlace do improvável casal.
E foi assim que o mais novo investigador da polícia civil, alocado em uma
pequena comarca, se arranjou com a advogada e filha do sindicalista, comunista,
grevista e o agitador das massas. Quem não gostou nada das novidades foi
Loretta, a mãe de Lenny. A princípio, ela ficou orgulhosa ao ver o filho
uniformizado e atuando como agente da lei, como agente da polícia civil, e
vê-lo ladeado da nora culta e afetada, esposa do filho. Em suma, a mãe de Lenny
encontrou na nora a figura ideal para debater as vanguardas estéticas europeias
e, em especial, do expressionismo alemão e a influência africana na obra de
Pablo Picasso e coisas afins. Um monopólio que era somente de Loretta.
O outro acontecimento inusitado, na família Blumenthau, foi o irmão de Lenny, o
irmão do meio, que desde pequeno não escondia de fato a que veio neste mundo.
Tendo como foco e interesses variados no ballet, na alta costura, em arranjos
de flores, artes plásticas, maquiagens, teatro de vanguarda e os velhos filmes
mudos nacionais e estrangeiros.
O irmão de Lenny nunca escondeu de ninguém os gestos delicados e a voz aguda.
Mais uma vez, o senhor Blumenthau lá estava para proteger os seus, orgulhoso ao
lado do filho, em todas as decisões que ele tomava. O senhor Blumenthau sempre
protegeu a família e o seu círculo íntimo, dos ataques velados e públicos,
ferozes e sanguinários da imprensa, dos adversários e até de aliados da
ocasião. Lá estava o velho senhor Blumenthau, quando o filho do meio assumiu
ser gay e se casou com o seu companheiro, em uma cerimônia civil e discreta,
para poucos como foi a vontade do jovem casal gay.
Mas tinha Lenny, a filha mais nova do casal Blumenthau, no meio de tantas
tensões, no meio de idas e vindas, da agitação que a vida do pai político ativo
sempre causava. Ela, deslocada, só queria estar longe de polêmicas e tumultos,
de ter uma família, sempre exposta na vitrine da mídia e da opinião
pública.
E agora ele estava ali, o senhor Blumenthau, bem alinhado, levemente perfumado
e fora do seu ambiente seguro. No litoral, onde Lenny estava vivendo no
momento, e na base eleitoral de um ferrenho adversário político, o senhor
Blumenthau. Um adversário político momentâneo, ou um futuro aliado, ou mesmo,
um possível futuro cadáver político, Lenny bem sabia, como o pai, era
implacável com os seus adversários políticos e empresariais.
— O que quer de mim, senhor Blumenthau? Estou ocupada agora! — Falou Lenny com
certo mau humor, depois de assistir ao espetáculo de relações-públicas
perpetrado pelo velho pai.
— Vim te pedir um favor, minha querida filha! — Respondeu o político.
— Um favor? Não me meto em questões políticas e não trabalho para políticos! —
Respondeu Lenny, para o pai.
O velho político riu, gargalhou, estavam em meio a populares e Lenny queria
sumir àquela hora, desaparecer por completo. E ela esperou que o pai pedisse
para irem para um lugar reservado, pois ela não queria ver o pai fragilizado na
frente de estranhos.
— Pois bem! Quem sabe uma ou duas sessões de fotografias, somente com o teu
velho? — Perguntou o desconcertado pai de Lenny.
—Vamos para um lugar mais reservado, pai! — Disse a vencida Lenny, que pôr fim
se rendeu. O pai de Lenny sempre teve a habilidade de fazer com que os outros
sempre fizessem a sua vontade, a única pessoa que escapava das garras do senhor
Blumenthau era Loretta, a mãe de Lenny.
Partiram para os fundos do estúdio de fotografia, subiram em silêncio as
escadas, para o terraço e foram ter o que seria uma breve conversa. Lenny
caminhou lado a lado do pai, como se fosse a primeira vez. Ela sentia uma coisa
estranha, algo estava errado, o pai de Lenny parecia estar exposto e
vulnerável. Alcançaram o terceiro piso e Lenny percebeu uma sombra no olhar do
pai.
— Vamos sentar, pai! — Lenny apontou para duas confortáveis poltronas, embaixo
de um guarda-sol! O senhor Blumenthau recusou o convite, com um olhar e repente
um pássaro negro posou no parapeito do terraço. O experiente político se
encolhe de medo, a filha percebeu e corou, pois nunca vira o pai ter medo na
vida, receio sim, mas medo? Nunca!
— Papai? O que ouve? — A voz de Lenny tinha uma carga dramática, que espantou o
senhor Blumenthau.
— Vamos ao ponto! — O homem, que emanava poder, se recompôs. — Sei que queres
sair deste buraco e abrir o teu estúdio próprio, também sei que não queres ver
a cor do meu dinheiro, que na verdade é o seu dinheiro também. Foi assim,
quando inventaste aquela história maluca de percorrer o sul da Europa a pé.
— Papai...
—
Chega, Loretta, a tua mãe ficou angustiada por meses! Agora me escute, o nosso
solar está mais que pronto e preparado! Quero que ocupe o que é teu de direito.
São duas mulheres...
— Um casal, presumo! — Interrompeu Lenny, que detestava ser chamada pelo nome
de batismo, mais um ataque do velho político.
— Não presuma nada, escute! Fotografias analógicas, nada digital e aqui estão
as instruções! — Blumenthau tirou um envelope pardo da sobrecasaca e repassou
para a filha. —Então? Aceita? E não me olhe, com esta cara que lembra a tua
mãe, quando está braba comigo, não basta vocês duas terem o mesmo nome.
Lenny abriu o envelope, tirou algumas fotografias e, em uma análise fria,
constatou que as duas modelos plus size, duas belas e jovens negras, eram
irmãs. Uma trabalhava com moda, ou na indústria do comércio dos cosméticos ou
algo correlato, e a outra era uma burocrata, em alguma repartição pública e
aspirante a modelo ou atriz, calculou a fotógrafa ao fazer uma análise fria das
duas. Uma encarnava um dia primaveril de sol, feliz com a vida e com as
escolhas que fez, de bem com a profissão que exercia. Já a outra era um poço de
angústias e desesperos, por detrás do sorriso forçado de quem faz na vida o que
não gosta. E muitas questões surgiram, com o estranho pedido do pai.
— És um verdadeiro canalha, senhor Blumenthau, meu pai e nunca
mais, me chame deste nome ridículo de corista de quinta categoria, de um
espetáculo barato qualquer. — Lenny demarcou seu território, com as forças que
tenha.
A estranha ave negra gralhou bem alto, Lenny viu seu pai encolher de novo, ele
só se acalmou quando a ave agourenta bateu asas e esvaeceu rumo ao alto mar. Os
dois olharam a ave desaparecer no além do infinito e ambos tinham a certeza de
que as vidas dos dois mudariam para sempre.
Fragmento do livro: Em
perpétuos ciclos, por Samuel da Costa, novelista, poeta e contista em Itajaí,
Santa Catarina.
Argumento de Fabiane Braga
Lima, contista, novelista e poetisa em Rio Claro, São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário