Por Clarisse da Costa (mulher
negra, Biguaçu, SC)
Embora as coisas terem
mudado muito nas condições de vida e o papel das mulheres em todo mundo,
principalmente a partir dos anos de 1960, a mulher é desvalorizada. Em especial
a mulher negra.
A Mulher Negra viva uma
dupla situação marcada pela descriminação, por ser mulher numa sociedade
machista e por ser negra numa sociedade racista.
Como bem sabemos, a mulher sempre foi
vista como um ser frágil e dependente do sexo masculino, persistente até os
dias de hoje, sendo descriminada. Seja ela negra ou branca. Reflexo de um
poderio, onde os homens sempre tiveram no poder, dominando e liderando espaços.
Com isso, as mulheres se viram na obrigação de atentar para os afazeres
domésticos, além de cuidados com os filhos.
No entanto, a mulher
sofredora, ou a mais sofredora seja a mulher negra, marcada por um contexto
histórico de exploração sexual, violência e não permissão do exercício da sua
plena liberdade.
Os anos passaram, muitas coisas mudaram
e no entanto, a submissão ainda persiste e relega seu papel na sociedade a
empregos desvalorizados, o número grande de prostituição e sem falar nas
condições precárias de saúde e educação.
É necessário que a
sociedade mude, não o mundo. Somos nós os fazedores desse país machista e
racista.
Temos que ser cientes do papel da mulher
negra na sociedade.
A mulher negra com suas
formas delicadas, guerreira e valente tem uma história linda e construtora
desse país. Embora seja uma história marcada por anos de escravidão, machismo e
racismo.
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