sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

CENTENÁRIO DE GERARDO MELLO MOURÃO (CORDEL)

Por Gustavo Dourado (ATL, Taguatinga, DF)

Gerardo Mello Mourão
Escritor, ficcionista
Poeta maior, tradutor
Biógrafo e Jornalista
Editor, gestor, político
Fez conto, foi romancista

Filho de Ipueiras, Ceará
Nasceu em 8 de janeiro
Em 1917
Desceu ao desfiladeiro
2007, 9 de março
Morreu no Rio de Janeiro

Seminarista aos 11 anos
Foi para Minas Gerais
Em Congonhas do Campo
Está escrito nos anais
Hábito em Juiz de Fora
Leu livros universais

Poliglota habilidoso
Em espanhol e inglês
Em alemão, italiano
Latim, grego e francês
Gostava de esperanto
Dominava o holandês

Militou no Integralismo
Atuou como professor
Dedicou-se ao jornalismo
Na luta como escritor
Foi condenado à morte
Getúlio foi o detrator

Foi preso dezoito vezes
Em tempos de ditadura
Censura no Estado Novo
Sem esquecer da tortura
Padeceu com os militares
Momentos de amargura

Abandonou o Integralismo
Fez militância social
Foi um “Soldado de Deus”
No cine documental
Na direção de Sérgio Sanz
A sua verve cultural

Duas vezes no Congresso
Foi deputado federal
Cassado pelo AI-5
Foi um tempo sepulcral
O cálice da amargura
Perseguição cultural

Em 1968
Preso como comunista
Com Ziraldo e Zuenir
De viés socialista
Com Pellegrino e Peralva
Um novo tempo se avista

Na década de 80
Uma forte ação literal
Presidente da Rio Arte
Secretário Estadual
No Rio de Janeiro
Coordenação cultural

Pela Folha de S. Paulo
Em Pequim correspondente
Levou o seu pensamento
Aos confins do Oriente
Poesia pelo mundo afora
Saudade de sua gente

Na Arquidiocese do Rio
Atuou no Seminário
Foi professor de Latim
Sempre foi um visionário
Um poeta bem criativo
Na verve do imaginário

Foi indicado ao Nobel
O Prêmio Jabuti lhe honrou
Prêmio Mário de Andrade
Entre muitos conquistou
Do Sistema Verdes Mares
A "Sereia de Ouro" ganhou

Diversos livros escreveu
Gostei de Invenção do Mar
Li Carmen Saeculare
Cânon & Fuga a recordar
Fez Algumas partituras
O valete de espadas, amar

Candidatou-se à ABL
Não passou na eleição
Com tanto escritor ruim
Fizeram essa negação
Também com Lima Barreto
Não deram a aprovação

Academia Brasileira de Filosofia
Foi membro bem respeitado
Célebre hagiologista
Sempre bem recomendado
Conselheiro de Cultura
Um nome bem celebrado

Em 1993
Grande reconhecimento
A Universidade do Ceará
Reconheceu o seu talento
Um título bem destacado
Com todo merecimento

"O Poeta do Século XX"
Conquistou em eleição
Em 1997
Importante elevação
A Irmandade Guilda Órfica
Deu-lhe a consagração

Elogiado por Drummond
E por Hélio Pellegrino
Por Tristão de Athayde
Como vate cristalino
Ezra Pound o elevou
Entre os grandes do destino

Destaque na literatura
Grande nome da poesia
Pensador de alto nível
Era bom no que fazia
Mestre, criador genial

Seu verso tem alquimia

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