Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Eu prefiro frases feitas...
Adoro
lê-las...
E pensar
que elas são minhas!
***
Dizer: -
Vou te amar para todo o sempre!
Usando
velhos clichés.
***
Finjo ser
poeta!
Às vezes
contista...
Nessas
horas uso antigos clichés.
Porque
dizer: - Eu te amo!
Não é dizer
bom dia.
***
Escuto
velhas músicas!
E chego a
pensar que a dor.
É realmente minha.
Mas não
é!!!
***
Penso em
ser prosador...
Para voltar
para a minha infância!
Onde corro
de novo.
Entre becos e vielas...
De braços
bem abertos!
***
Mas volta
para o tempo presente...
Mais-que-perfeito!
Onde finjo
ser o aedo...
Na
pós-modernidade líquida!
A ignorar
regras, rimas e métricas...
A desdenhar
de antigas elegias!
Todas as
fórmulas arcaicas...
Prontas e
acabadas.
Desusadas
formas de amar musas,
Virgens
intocadas e santas vaporosas...
***
Finjo ser
versejador...
Nos tempos
modernos!
E em meus
versos!
Sinto que
não fostes embora...
Estás
perdida entre os meus versos...
Mais
profanos...
No estro
meu...
Finjo que
não te perdi,
Para todo o
sempre!
***
Às vezes
leio antigas poesias.
Mas só às
vezes!
E penso que
são meus...
Aqueles
idílios de saudade...
***
Nessa hora
eu gostaria...
De ser um
poeta de verdade.
Para pensar
que não a perdi!
Para todo o
sempre...
***
Imortalizar-te-ia...
Minha
sacrossanta musa,
Em meus versos mais profanos!
***
Às vezes
penso ser poeta!
Na
pós-modernidade liquefeita!
A usar
velhos clichés!
Para poder
ousar dizer:
˗Te amo, não é bom dia!
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