Por
Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
Há uma máxima, que todo o
agricultor conhece: “ Colhe-se o que se semeia”.
Se, semeamos boa semente, e se
cuidarmos da planta com carinho: livrando-a de parasitas, adubando e estrumando
bem a terra, colher-se-á bons frutos: em tamanho e qualidade.
Ora o que se passa com as
plantas, acontece com as nossas crianças.
Se quisermos sociedade: justa,
honesta e sadia, teremos de cuidar da juventude. Os pais, como primeiros
educadores, devem inculcar, desde a mais tenra idade, hábitos bons:
ensinando-os a respeitar os mais velhos; a utilizarem as palavras e frases, que
lubrificam as relações humanas, tais como: “ Muito obrigado.” “ Não tem de
quê.” “ Por favor.”…
Educar não é só teoria, nem
palavras, mas exemplos. A criança é ótima observadora, e repete sempre: gestos,
atitudes, vocabulário e comportamentos que presenciam em casa.
Mais tarde, cumpre à Escola,
complementar a missão dos pais.
Não incutindo (como se faz em
alguns estabelecimentos de ensino,) nas mentes em formação: aberrações e
imoralidades, embuçadas na manta de democracia, e muito menos, semear a
depravação, sob a forma de Arte; mas, ensinando as regras: morais e cívicas, há
muito enraizadas na alma da nação.
Se deixarmos a juventude ser
educada pela TV, sem regras, sem princípios morais e sem respeito pelos
mestres, não estamos a criar, apenas, delinquentes, mas a pôr em perigo o
futuro da Pátria: a formar políticos e leitores corruptos, professores imorais
e juízes iníquos.
A semente pode ser boa (leia-se
o jovem,) mas se a terra não for apropriada, e não cuidarmos da criança, ela
não dará bons frutos.
Certo pastor baptista,
contou-me. Num congresso em Madrid, alegoria sobre a fé e o trabalho dos
crentes, que se pode adaptar à educação:
Se pretendemos bons bolbos de
tulipas, teremos de os importar da Holanda.
Lançamo-los à terra, crescem, e
darão flores perfeitas. Mas se os guardarmos para florirem no ano seguinte, já
não produzem a mesma qualidade, e no decorrer do tempo, degeneram-se, e teremos
que ir à “fonte” adquirir outros.
E por que degeneram?
Porque não soubemos cuidar como
devia.
Acontece o mesmo com os jovens.
Se não os educarmos para serem homens honestos, rígidos no comportamento e na
moral, “degeneram “, e teremos geração de: corruptos, impostores, viciosos e
criminosos.
O futuro das instituições, está
nas nossas mãos.
Se desejamos coletividade, depravada,
entregue ao vício e ao desrespeito, diremos aos nossos filhos: “Tudo vos é
permitido “. Se queremos sociedade, onde impere a Caridade e o Amor,
ensinemos: “ Nem tudo é permitido, mas apenas o que vos torne
espiritualmente melhor “.
A escolha é nossa. A velha Roma
escolheu o caminho da liberdade e do prazer, e sucumbiu.
O que nos acontecerá, se não
mudarmos de caminho?
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