sexta-feira, 1 de outubro de 2021

DUETOS POÉTICOS

 Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP) e Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Ouça-me meu sacrossanto amor

‘’De dias e noites, de cores e valores,

Um horizonte às vezes obscuro,

Um pedaço do céu caído,

Mas ainda com esperança.’’

José Luiz P. Grando 

Meu amor, escuta meu coração.

Palpita de amor de tanta paixão.

Minha boca anseia teus beijos,

Sem medo, veja, como desejo.

***

Anseio a tua boca faminta

A circum-navegar

No corpo-incorpóreo meu

***

Anseio tua benfazeja 

A circum-navegar

No corpo-incorpóreo meu

***

Eterno! Fez-se morada aqui.

Como posso lhe amar e te querer?!

***

Quero-te ignota poetisa

Afloria magnólia casta  

Postada arcangelicamente

Na nevoenta torre de marfim

***

Meu corpo trêmulo lhe pede,

Ao mesmo tempo, se despede.

Deslumbro-me, ao vê-lo! Fica, amor meu?

***

Evolva-me

Na volúpia mítica nevoa

Outonal que te rodeia

***

És o homem que me domina,

Acalenta-me em teu corpo!

Decifro, te busco em desvarios.

Quero! Sou vasta de sentimento,

Minh’alma clama, todo momento...!

 

Cubra-me do divinal amor

 

‘’Eu passeio nas tuas lembranças...

Minhas curvas, minhas linhas efervesceram

Por anos em tua mente.

Cada ângulo, cada detalhe meu,

Você já conhecia, tão bem quanto eu’’

Geane Masago

 

Cubra-me de carícias e beijos

Grande é o meu amor e o desejo

Sem tua presença, fico muda,

***

Cubro-te maviosa árdea

Com no meu nível amor hialino

Arcangélica poetisa minha

Ama-me no rubro arrebol

Bem antes que o dia acabe 

***

Teu amor, me faz fazer loucura.

Grite em voz alta que me ama

Grite em versos, em devaneios

Bendito o amor, a eterna chama,

***

Guardo todos os bem-fadados

Versos teus

No cósmico palácio

Das minhas memórias perdidas

***

Pulsa o meu coração, sem receio.

Não solte a minha mão, jamais!

Preciso da tua presença, aqui

Teu amor singelo, me satisfaz.

***

Amo-te ninfeia alva

Do meu nevoento vergel

Amo-te o teu ser mais-que-perfeito

Dá-me a tua floria mão de bacante

Conduza-me em inexatas horas vazias

Pelo labirinto do Fauno

Até o níveo altar dos deuses e deusas

Em um tempo que não passou

***

Acredite amor, veja os meus versos

Hão tantas saudades e esperanças,

Lágrimas de amor e lembranças...!

 

Não é adeus, é apenas amor

‘’Eu preciso estar em meu mundo!

Para poder encontrar o que procuro

Vivo os momentos que me cabe fazer

Entre sonhar e amadurecer’’

Patrícia Raphael

 

Olhe bem fundo em meus olhos!

Notou? São lágrimas de dor.

De repente, fez-se desamor!

Maduro! Diz-me, cadê o amor!?

***

Guardo junto a mim

Todas as tuas milenares dores

E dos teus infindáveis dessabores

Magnificente alva

Postada na aurora rubra de Era

Que somente começou 

***

E sofro, tentei te fazer feliz.

Veja! Minh’alma hoje, tão infeliz,

Não nego, choro de desgosto,

***

Dos inefáveis estros teus

Este é o mais dorido

Não é desamor

É apenas um adeus

 ***

Sofro! amo-te, mas tenho que partir.

Foi mistério, desígnio da alma.

Felicitei-me com teu flanar,

Mas, meu amor, teve afeto!?

***

No meu livre flanar

Entres as eviternas estrelas da noite 

Só sobrou para o nós dois

 Uma sintética e breve álgida quimera

***

Notou! Como amei e te aceitei.

Diga-me, onde foi que errei!?

Se tudo que quis, foi te quere...!

***

Benfazeja

Magnificente alva

Trago-te resguardada soberana minha

Deusa imperatriz floria

 No diamantino estro meu

  

Toque-me com ternura

Pode ser loucura! Mas dê-me tua mão

Extasiado, chega aqui, sussurre baixinho

Agora! Diga que ama, venho sem medo

Chama-me de menina levada e ousada.

***

Amo-te magnificente alva

Este ebúrneo corpo incorpóreo

De bacante

***

Deixe-me ser tua fúria, delírio, calmaria...

Deslize sob meu corpo! Sinta-me! Desvenda-me

Exagere nas preliminares! solte-se, m’beija

Sinta o gosto dos meus beijos! Sacia-me.

***

São as minhas mãos impossíveis

A singrar a infinitude do teu ser

Mais-que-perfeito

***

Meu amor, sem receio, dispa-me toda....

Toque em minha pele, sinta meu perfume

Com carinho, beije-me toda, assim nua.

                                                                     ***         

Sinto-te por inteiro

Sinto-te por completo

O teu frágil corpo de bacante

***

Toca- me nua, quero ser toda tua, tua musa

Há tempos procuro, minha estranha loucura,

Com ternura, entre lençóis! Venha, excita-me...!

Nenhum comentário:

Postar um comentário