Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP) e Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Memento mori primeira parte (Entenda meu amor)
Preciso desta saudade p’ra viver,
Do silêncio n’alma, me refazer.
Mesmo sofrendo, ouça meu amor,
Preciso continuar a minha jornada...
Mesmo com minh’alma abatida
Preciso de um tempo, logo voltarei.
Para os braços teus
Despeço-me, estou de partida,
Ferida, levando as nossas lembranças!
Mas deixo a porta sempre aberta, entenda!
Será necessário morrer, tenha calma,
Levo nosso amor guardado n’alma...
Amo-te tanto, não nego meu anjo negro.
Mas preciso recomeçar, reinventar,
Assim, ficarei forte p’ra poder amar…!
(Fabiane de Braga Lima)
Memento mori segunda parte (O nós dois nas
infinitudes cósmicas)
Recorda poetisa ebúrnea
Excelsa árdea encantada
A flanar livremente
Nos meus cardos estribilhos
***
Recorda da nossa celeste jornada
Divinal alva
Do meu sacrossanto amor
Por ti
***
Recorda de nós dois
Literatos inexatos esparsos
No nosso milenar
flóreo vergel místico
***
Simplesmente recorda benfazeja minha
Do nós dois de mãos dadas
Na alvorada rubra
No nosso arrebol
De nós dois corpos incorpóreos
Em eviterna dispersão
No nosso tempo que é atemporal
(Samuel da Costa)
Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos
‘’Ontem eu fiz uma faxina dentro de mim...
Eu preciso mudar,
ter amor-próprio...
E me respeitar e crescer’’
Fabiane Braga Lima
O que nos aguardará o amanhã?
E o que há de vir?
No depois do amanhã?
O que há de porvir?
***
Recorda sacrossanto amor meu
Neste dia surreal
E nesta hora inexata
Neste tempo atemporal
Marcada pela clepsidra irreal
Recordo-te que aqui jazeu
A vasta infinda solitude
Dos estros meus
O meu estribilho que andava sozinho
Aqui morreu
***
A minha eviterna alma
Aqui não adia
Pois hoje é dia
De confessar diante do sacrário
Eu amo você
***
As nossas breves vidas
Aqui
não adiam
***
Os nossos cósmicos medos
As nossas ilusórias alegrias
As nossas sintécticas quimeras
As nossas bocas famintas
Aqui não adiam
***
São duas doridas negras lágrimas,
São duas celestes vidas
E dois ebúrneos sorrisos
Em eternas agonias
Em eviternas alegrias
(Samuel da Costa)
A mais bela de todas as poesias tuas
Minha escrita sem nexo algum,
Hoje grita bem alto
Há uma certa repetição de palavras
Poemas incoerentes, sem lucidez...
Palavras aglomeradas, infindas rimas.
***
Ausculto o teu sibilino coração
E te convido para adentrares
No meu nevoento vergel encantado
***
Leio um livro qualquer, talvez tenha inspiração
Mas, a saudade me faz companhia
***
Sempre presentes as tuas
Belas-letras sintécticas
Sempre ausentes as minhas
Belas-letras mortas
***
Sempre presente, me faz melancólica
Onde tu se escondeu... !? Não te vejo!
***
Ousamos ouvir maviosas
E tranquilas citaras
Ebúrnea poetisa minha
***
Leal e afável. De repente, me deixou
Palavras belas, tua essência incógnita
Formoso, não sei!
Vasto de encanto...
Tento decifra, não consigo, não te ouço
Preciso recomeçar, viver. Largo tua mão!
Cativou-me, seremos a mais bela poesia...
***
Serena e tranquila
Formosa e benfazeja
Despida de todos os milenares pudores
Quero-te enclausurada no alvor rubro
A tarde... ao final do dia
Escrita no estribilho meu
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