sexta-feira, 1 de outubro de 2021

MEMENTO MORI

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP) e Samuel da Costa (Itajaí, SC) 

Memento mori primeira parte (Entenda meu amor)

 

Preciso desta saudade p’ra viver,

Do silêncio n’alma, me refazer.

Mesmo sofrendo, ouça meu amor,

Preciso continuar a minha jornada...

Mesmo com minh’alma abatida

Preciso de um tempo, logo voltarei.

Para os braços teus

Despeço-me, estou de partida,

Ferida, levando as nossas lembranças!

Mas deixo a porta sempre aberta, entenda!

Será necessário morrer, tenha calma,

Levo nosso amor guardado n’alma...

Amo-te tanto, não nego meu anjo negro.

Mas preciso recomeçar, reinventar,

Assim, ficarei forte p’ra poder amar…!

(Fabiane de Braga Lima)

 

 

Memento mori segunda parte (O nós dois nas infinitudes cósmicas)

 

Recorda poetisa ebúrnea

Excelsa árdea encantada

A flanar livremente

Nos meus cardos estribilhos

***

Recorda da nossa celeste jornada

Divinal alva

Do meu sacrossanto amor

Por ti 

***

Recorda de nós dois

Literatos inexatos esparsos

 No nosso milenar flóreo vergel místico

***

Simplesmente recorda benfazeja minha

Do nós dois de mãos dadas

Na alvorada rubra

No nosso arrebol 

De nós dois corpos incorpóreos  

Em eviterna dispersão 

No nosso tempo que é atemporal

(Samuel da Costa) 

 

Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos

 

‘’Ontem eu fiz uma faxina dentro de mim...

 Eu preciso mudar, ter amor-próprio...

E me respeitar e crescer’’

Fabiane Braga Lima

O que nos aguardará o amanhã?

E o que há de vir?

No depois do amanhã?

O que há de porvir?

***

Recorda sacrossanto amor meu

Neste dia surreal

E nesta hora inexata

Neste tempo atemporal

Marcada pela clepsidra irreal

Recordo-te que aqui jazeu

A vasta infinda solitude

Dos estros meus

O meu estribilho que andava sozinho

Aqui morreu

***

A minha eviterna alma

Aqui não adia

Pois hoje é dia

De confessar diante do sacrário

Eu amo você

***

As nossas breves vidas

Aqui não adiam

***

Os nossos cósmicos medos

As nossas ilusórias alegrias

As nossas sintécticas quimeras

As nossas bocas famintas

Aqui não adiam

***

São duas doridas negras lágrimas,

São duas celestes vidas

E dois ebúrneos sorrisos

Em eternas agonias

Em eviternas alegrias

(Samuel da Costa)


A mais bela de todas as poesias tuas

 

Minha escrita sem nexo algum,

Hoje grita bem alto

Há uma certa repetição de palavras

Poemas incoerentes, sem lucidez...

Palavras aglomeradas, infindas rimas.

***

Ausculto o teu sibilino coração 

E te convido para adentrares

No meu nevoento vergel encantado

***

Leio um livro qualquer, talvez tenha inspiração

Mas, a saudade me faz companhia

***

Sempre presentes as tuas

Belas-letras sintécticas 

Sempre ausentes as minhas

Belas-letras mortas

***

Sempre presente, me faz melancólica

Onde tu se escondeu... !? Não te vejo!

***

Ousamos ouvir maviosas

E tranquilas citaras

Ebúrnea poetisa minha 

*** 

Leal e afável. De repente, me deixou

Palavras belas, tua essência incógnita 

Formoso, não sei!  Vasto de encanto...

Tento decifra, não consigo, não te ouço

Preciso recomeçar, viver. Largo tua mão!

Cativou-me, seremos a mais bela poesia...

***

Serena e tranquila

Formosa e benfazeja

Despida de todos os milenares pudores

Quero-te enclausurada no alvor rubro 

A tarde... ao final do dia 

Escrita no estribilho meu 

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