Por Gustavo Dourado (Taguatinga, DF)
Vamos preservar Brasília
Parar de e$pecular
B$B Imobiliária
Sem horizonte no ar
O Cerrado que se foi
Haja ap para alugar
JK geme no túmulo
Na Brasília Capital
O crime a fazer escola
No Distrito Federal
O povo vive na esmola
Passa fome cultural
Lúcio Costa nos deu asas
Para Brasília avoar
As asas foram cortadas
Tanto carro a trafegar
Cidade fora dos Eixos
Só tesoura a nos cortar
Niemeyer nos subterrâneons
Pelos túneis da cidade
Falta estacionamento
Sobra criminalidade
Urbi automobalística
Perdeu a mobilidade
Para que tanto edifício?!
Pra tudo dificultar
Tem carro pra todo lado
Já não dá pra pedalar
Morrem flores e nascentes
Com a poluição do ar
O luxo que gera o lixo
Morte na Estrutural
O verde some do mapa
Sem Eixo Monumental
O tronco parali$ado
E a cabeça maquinal
Filas duplas, buzinaços
A morte do urbanismo
Desemprego, amargura
O velho clientelismo
Corrupção lá nas nuvens
Prolifera-se o cini$mo
Haja tapinhas nas costas
Nhem nhem nhem e blablabá
Foi-se embora a siriema
Adeus ao lobo guará
As cobras se multiplicam
Nas margens do Paranoá
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