quinta-feira, 2 de maio de 2019

ARABESCO


Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

O arabesco ecoa trombetas

antigas inimigas percorrem

muros no estado do barulho


o arabesco mudo

em mudanças

na trama não urde

o tecido esgarçado


amigas chegam

no calor da noite

tocam seus dedos

sobre as feridas


o arabesco desnudo

em traços percorridos

no silêncio do dia findo.

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