Por Miranez Matias do Vale (Olinda, PE)
Medíocres estrofes que meu
cérebro gera,
Da heterogeneidade segue o
colossal
Na forma metódica doravante
fera,
Rumo ao paradoxo deste
Universal.
Senti plasmas púrpuras suaves
fluentes
Aromas envolvidos galáxias
Em névoa fluídica e áurea
luzente
Em metamorfose forte aspirais
Libertino êxtase notei,
flutuava.
Na amplidão do nada, mas com
igualdade.
Porção litosférica onde me
encontrava
Estive inserido na
complexidade.
Logo percebi junto a mim
pairava
Numa estranha forma enormes
papiros
Hora que minh'alma ali
recordava
Doutos postos rolos em
Sinédrios giros.
Sem compreender a exatidão
Visões multicores que
favorecia,
Nestes fragmentos da
composição
Acéfala de célula que se
desfazia.
Bela e tão afável surpresa
brotava
Refolhos incônditos neste
visual
Ectoplasma, os fótons
visualizava
Profundezas idóneas, seio
universal.
(Olinda,PE, 19.06.1974)
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Realmente Augusto dos Anjos psicografado.
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