quinta-feira, 1 de julho de 2021

EU E AUGUSTO DOS ANJOS

 Por Miranez Matias do Vale (Olinda, PE)


Medíocres estrofes que meu cérebro gera,

Da heterogeneidade segue o colossal

Na forma metódica doravante fera,

Rumo ao paradoxo deste Universal.

Senti plasmas púrpuras suaves fluentes

Aromas envolvidos galáxias

Em névoa fluídica e áurea luzente

Em metamorfose forte aspirais

Libertino êxtase notei, flutuava.

Na amplidão do nada, mas com igualdade.

Porção litosférica onde me encontrava

Estive inserido na complexidade.

Logo percebi junto a mim pairava

Numa estranha forma enormes papiros

Hora que minh'alma ali recordava

Doutos postos rolos em Sinédrios giros.

 

Sem compreender a exatidão

Visões multicores que favorecia,

Nestes fragmentos da composição

Acéfala de célula que se desfazia.

Bela e tão afável surpresa brotava

Refolhos incônditos neste visual

Ectoplasma, os fótons visualizava

Profundezas idóneas, seio universal.

 

 

                                                                         (Olinda,PE, 19.06.1974)


 

 

 




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