sábado, 1 de junho de 2024

RETRATO CRUEL

Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)


Não há nada mais simples que o fim.
Todos os sentimentos esdrúxulos eu vi naqueles olhares.
Não tinha um padrão ou regra.
Sequer tinha hora para chorar.
Ou mar para se afogar.
Tudo era uma unidade, fragilidade, equidade.
Naturalmente, a dor constante, 

Tornou-se cenário.
Somos vidas aparentes, emergentes…
Concernentes aos fatos, reflexo dos atos.
Os males são sentidos naquelas águas.
Os pés molhados perdem a direção.
O homem é a própria dor de si mesmo.
Inconsciente, eloquente, inconstante!
O retrato vive à penumbra do dia.
Assombrados pela morte,
levados por aquilo que os banham…
Urdia estranhas tempestades.
Lá se foi pelo rio intensas memórias,
carregadas de almas no vazio humano.



Contato: clarissedacosta81@gmail.com

 

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