Por Urda Alice Klueger (Enseada de Brito, SC)
Oi, Katty, aqui a sua amiguinha Domitila, aquela gatinha de
nada que a Urda criou e que agora é um feixe de elástico que pesa 6.700 g. Para
formar esse tamanhão todo, além de muita ração eu fiz muitos treinamentos. A Urda
é quem se lembra bem; cada vez que chega visita ela conta como eu passei
semanas e semanas correndo para cima e para baixo nas bananeiras, treinando
minhas compridas pernas traseiras, que ficaram musculosas e supimpas para
saltos – quando resolvo pular numa caça, não há quem escape. Por sorte tenho
coração mole e só vez ou outra pego um dos passarinhos do jardim ou algum rato
sorrateiro – sequer os como, levo para o quarto da minha dona e deixo lá, de
presente.
Sou amiga de quase toda a minha família, mas nem tudo é
perfeito, né? O cachorro Atahualpa já me deu duas “duras” quando eu era pequena
e inocente e não entendia dessa coisa de hierarquia. Até hoje tenho que
obedecer a ele e respeitá-lo, senão sobra para mim de novo. Como a gente dorme
em penca na mesma cama (eu, Atahualpa, Manuelita, a Urda e um computador),
muitas vezes corro sérios riscos, principalmente se Atahualpa está cuidando de
um osso. Mas dos outros dois cachorros sou muito amiga, principalmente de
Tereza Batista (ela pesa 25 kg), com quem brinco muito todos os dias, de rolo
pela casa e pelo jardim. Eu grito tanto nessas brincadeiras que a Urda fica
dizendo: “Tereza, não machuca a Mana!”, mas é tudo só uma farra mesmo, embora
um dia desses tenha machucado um olho que depois teve que ser tratado com
colírio. Foi aí que a Urda pode ver de verdade a mobilidade dos meus 6.700 g de
elástico bem treinado: era uma guerra botar uma gotinha de colírio no meu olho!
Mas em dois dias ele ficou bom de novo.
Na semana que passou a nossa deliciosa casa nova foi
dedetizada de novo (veja só, agora já faz mais de meio ano que estamos nela!),
e então havia que ficar fora algumas horas. Manuelita se foi para o mato, que
aquilo é independente demais, e os cachorros aproveitaram para ir tomar banho
lá na tia Lourdes da Barra do Aririu. Sortuda que sou, passei aquelas horas na
linda casa da nossa amiga Maria Antônia, uma fofa, uma querida, aquela que me
chama de Amorzinho! Foi lá que bati foto para mandar para você – tomara que
goste!
Muito carinho da gatíssima que manda aqui nesta área,
Domitila.
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