Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
As cartas de certa forma desenvolvem
a escrita, a criatividade, os pensamentos e os sentimentos, tais como os
livros. Os livros têm uma particularidade, nos trazem conhecimento e nos fazem
viajar por diversos temas e personagens. Normalmente o cenário é a vida. O que
mais aprecio é o lado humano que muitos autores abordam. Alguns até nos fazem
questionar quem somos. Um olhar para dentro de si.
É como passear por dentro de
si, abrir asas e se libertar de tudo aquilo que te faz mal. Tipo eu me
livro. Uma das obras popular brasileira
da literatura que particularmente eu curto e que se enquadra nesse contexto se
chama Tempo de Esperas do Padre Fábio de Melo. A obra mostra todas as vertentes
da vida em meio uma desilusão amorosa. É como uma reflexão que nos salva.
O tempo vai passando e aquela
dor rompe uma barreira. Por mais difícil que seja a dor fortalece. Aprendemos a
lidar com ela. De um jeito, ou de outro adquirimos aprendizado. A dor da perda me fez ver que a vida não
acaba porque achamos que é o fim. Ela segue. O tempo passa. Não é porque
erramos que não devemos mais viver. A vida é como um livro vire a sua página e
comece tudo de novo.
Sempre há tempo para
recomeçar. O Amor vive somente a sua espera. Ele se aprisiona a medida que você
fica alimentando algo que perdeu. Enquanto não se vira as páginas do livro da
sua vida, você fica ali amando o que nunca lhe pertenceu. E que de certa forma,
você mesmo possa ter estragado tudo.
Talvez seja a hora de você formar laços com o tempo e saber esperar. Mais que
um dom a espera é sabedoria e requer paciência.
Desde cedo aprendi que o amor transforma. Mas sempre tive a certeza que tudo parte de um querer. Nos últimos anos o amor tem sido um brinquedo
nas mãos de algumas pessoas. Ao invés de fazer o bem tem feito o mal. Mas a
culpa é de quem brinca com o sentimento das pessoas. O afeto não parte da ilusão e sim daquilo que
é verdadeiro. Não abra o livro dos sentimentos se não for para fazer e sentir
com verdade. Nós somos os autores de nossa história, a libertação parte da
nossa vontade. Os livros são apenas o início de tudo.
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