AS ONDAS QUE CAPTAMOS
Por
Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
Já repararam, que o nosso céu,
o nosso espaço, é atravessado por imensas ondas de Rádio e TV, que se cruzam e
se recruzam, percorrendo distâncias, quase infinita?
Não as vemos, é certo, nem as
sentimos; mas existem.
Como os aparelhos de rádio e
TV, captam as ondas, o nosso cérebro, também, sintoniza, não essas, mas outras,
que não podemos ver, mas sentimo-las.
Nunca ouviram dizer: “ Anda
qualquer coisa no ar! …”, referindo-se a mudança de regime ou calamidade?
São “ondas” de boatos, de notícias tendenciosas, que a mente capta, e guarda no
subconsciente.
Dizem: “ Está na moda”;
“ Isto ou aquilo, é preconceito”; “Agora é assim.”;
“Todos o fazem”…
E por que está na moda?!
Porque grupo de indivíduos, que
têm o poder de influenciar, através da mass-media, conseguiu-nos hipnotizar, a
tal ponto, que não somos capazes de pensar nem raciocinar, discernidamente.
Outrora, usavam a literatura;
depois, o cinema; agora: a TV, Rádio e Internet.
Servem-se de tudo (até das
telenovelas,) apresentando-nos cenas e atitudes indignas, para nos narcotizar.
O hábito de as vermos, adormece os nossos valores (quando os há,) despertando o
desejo de aceitar o que outrora rejeitávamos.
E aceitamos, porque não
queremos ser considerados: retrógrados e antiquados.
Adotamo-nos, então, à
realidade, ao que a maioria: aceita e acata.
Todavia, defendemo-nos,
culpando: companhias e o meio ambiente. Sem dúvida, que as pessoas que
conhecemos ou vivem na nossa cidade, exercem grande influência, no nosso modo
de pensar e agir; mas, é bom lembrar: que cada um pode e deve, criar o seu
próprio meio.
Se frequentarmos lugares
sadios; se lermos livros edificantes; se assistirmos a espetáculos dignos; se
escolhermos amigos respeitosos, edificaremos o nosso próprio carácter, com
pensamentos positivos.
Claro que não é possível o
isolamento, porque não somos uma ilha, nem isso seria útil; nem é necessário
apartarmo-nos de tudo que é negativo; mas devemos pesar e confrontar tudo, com
os nossos valores.
Ser responsável; ter princípios;
ideias próprias; não se deixar levar pela corrente; e, muito menos, ser
marioneta e imitador, é que forma o homem inteligente e de carácter.
Sejamos apenas nós próprios, e
seremos felizes.
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