Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Assim que saí do serviço, peguei o ônibus como de costume. De repente, chega o garoto vendendo balas. Pele queimada do sol, roupa rasgada e um caderno de anotações. Sentou ao meu lado. Notei que escrevia em seu caderno. Tentando formar palavras, parecia ser tão esforçado. Assim os dias foram se repetindo.
— O que tanto escreve? — Perguntei lhe certo dia
— Eu queria poder formar palavras. — Respondeu-me tímido
— Mas porque não está na escola?
— Preciso trabalhar! Meus pais estão desempregados.
Mas era mentira! Fui até a casa dele. Uma casa bem simples. Sua mãe
estava sentada, esperando os filhos. Assim que os meninos chegavam, eles lhe
deram todo o dinheiro arrecadado das balas. Eram 3 crianças escravizadas pelos
pais. E, o dinheiro do serviço? Metade vai parar nas mãos da mãe e o restante o
pai usava para se embriagar no bar.
Assim às crianças passavam o dia, torturadas e escravizadas pelo
trabalho infantil, como muitas outras no país! Quanto ao jornalismo? Difícil um
jornalismo sério, que investigue, se aprofunde no assunto.
Precisamos de um jornalismo honesto que se empenhem em ajudar às crianças, o futuro do país, porque o sistema se cala.
O Sistema É Podre! Toda Criança Tem O Direito De Estudar!
Fabiane
Braga Lima é cronista e poetisa em Rio Claro S.P.
Contato:
bragalimafabiane@gmail.com
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