Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
Eu entrei naquele olhar
E me vi em outra dimensão.
Eu caminhei e vi cada parte de mim
Sendo diluída numa fantasia que
Não cabia mais existir,
Um amor fluído de emoções,
Inteiro, sem se importar com nada.
Tudo em mim ganhou forma,
Disperso no ar
Como a poeira conduzida pelo vento.
As palavras tinham formas líquidas,
Desaguavam em folhas brancas
Sem uma história definida,
Uma resposta conclusiva…
A vida tinha pressa
Em fazer tudo acontecer.
As flores despertavam.
As pegadas no barro
Secavam com o calor do sol.
O sabiá como de costume
Descia o galho da árvore
Para tomar a sua água.
Parecia até cena de filme bucólico
De uma vida pacata.
Aliás, o tempo era bem devagar!
Clarisse da Costa é cronista e poetisa em Biguaçu, Santa Catarina.
Contato: clarissedacosta81@gmail.com
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