Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
Hoje eu estou pura sedução. Estou toda de azul. E quem
disse que existe regra para ser sedutora? Eu posso estar vestida ou despida.
De batom vermelho ou neon, talvez até de lingerie bege, que a da sedução vai
estar em mim.
Eu seduzo no olhar, nas palavras que saem da minha boca
carnuda, no meu sorriso que às vezes é tímido e tendencioso. Sou mulher dona de
mim, dona dos meus desejos, de cada passo que eu dou. Não nasci para ser
submissa muito menos para ser mal amada.
Uso cabelo solto outras vezes preso. Meu decote é discreto,
despojado, quando não, tem aquela ousadia, mas é meu. Não me visto para homem
algum.
Minha pele clara não diz quem eu sou, não está escrito ali
feito rascunho o meu caráter.
Já me vi entre as estrelas e a lua quando não me sentia parte
deste lugar. O meu corpo tantas vezes saiu para fora da realidade. Hoje encaro
tudo e só penso em lutar. Se quiser leve de mim meus versos, tão livres e sem
censura. Na cara dura revelo cada detalhe da vida.
E não pense que a vida é bem simples e fácil para quem
escreve, escritor não é um ser estranho de outro planeta e nem um bruxo com sua
bola de cristal. Somos humanos e como tantas pessoas, somos aprendizes.
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