Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Nunca
é tarde demais
Para
se renovar
Disseram-me
que quando o amor ocorre
O
mundo fica cheio
De
lindas eufônicas quimeras nevoentas
***
A
maioria das pessoas
Foram
convencidas a viver
Em
um modo perpétuo
De
sobrevivência
Dispensando
assim
O
belo e o sublime
***
Sei
que eu tenho
Tudo
o que precisa por hora
Então
eu rio dos meus próprios
Erros
pueris
Enquanto
tento voltar
A
ser mais sábio novamente
***
Enquanto
eu crescia
E
percebi quantos espinhos
Brotaram
e mim
Espinhos
que me mantiveram vivo
Nas
abissais noites escuras
***
Como
um bom profissional
Que
eu devo ser
Fico
ocupado o dia inteiro
Admirando
as belezas rebeldes
Fora
dos padrões socialmente aceita
Enquanto
a vida acontece
***
Fujo
para dentro
Do
meu eu mais profundo
Cercado
pelas naturezas selvagens
Respirando
profundamente
Um
ar fresco matutino
Então
todas as preocupações cotidianas
Simplesmente
desaparecem
***
E
no final de um árduo e longo dia
Defino
as minhas prioridades futuras
E
chego à conclusão
Que
eu não tenho prioridades alguma
Enquanto
as mudanças climáticas
Devastaram
a biosfera
Deixando
como herança às gerações futuras
Arrasadas
terras inóspitas
Fragmento do livro: Astro-domo.
Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.
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