Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Respirei bem fundo
Para apreciar o que fizestes
E para quem tu fazes
Os tais fatos subjetivados
E supra-reais
***
Embora as séries construídas a quatro mãos
Sejam meramente figurativas
E fugidias para além das compreensões alheias
A mensagem deveria ser límpida
Ao conectar emoções vagas
Enquanto o texto chega
Lento e lânguido ao seu ápice
***
O que liberdade criativa deveria significar?
Para a minha pessoa?
Sou eu capaz de perseguir e alcançar?
Os meus anseios?
E posso eu, criar sem me conter?
Ai eu penso sofregamente
Nos elementos remissivos amenizados
Por diacríticos duvidosos
***
Em uma quebra de expectativa
Repito para mim
Um adorável clichê barato
Preciso sair da minha zona de conforto
E vagar em um vasto mundo
Grande demais para explorado
***
Algumas pessoas podem até demorar
Muito tempo para conceituar
Uma peça artística abstrata
Eu bem alto e em bom som digo
Que eu consigo trazer a luz do dia
Os tais conceitos abstratos diariamente
***
Mais uma vez eu repito
Um adorável clichê barato
Que lindas essas fotografias
Em preto e branco!
Que dizem muito sobre
As ditas mulheres contemporâneas
Fortes, criativas e elegantemente
Vagas e celestialmente diáfanas
***
Embora eu ainda esteja aprendendo
A compor em verso e prosa
Eu gostaria de pensar
Que estou fazendo um excelente trabalho
Com a ajuda de certo parceiros
E parceiras das subculturas
Dos graves crimes literários
E imagéticos
***
E tenho notado não com espanto
Que as forças das pinturas corporais
Entre os povos indígenas
Vem das suas fundas ligações
Com a mãe natureza
Povo irmanado com os animais selvagens
Os rios bravios e as místicas florestas
Fragmento
do livro: Astro-domo. Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina.
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