Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Disse que ia me amar fosse o que fosse
Em amenas manhãs suaves e tranquilas
Entre os cantares de belas aves raras
E eflúvios de olores
De brancas frescas rosas
E ignotas e moluriosas orquídeas negras
***
Se eu me amasse de verdade
Tu reservarias para os dois
Passagens para Nova Orleans
No entanto! Os nossos amares
São bem diferentes
Para mim o amor é o fogo
E para tu o amor é a terra
***
E acabou o carnaval de Miami
Para nós dois
E entre imprecisas idas
E trágicas vindas
Superamos os nossos desafios
Estou grato pela oportunidade
Que me foi apresentada
***
Caso tu me amasses de verdade
Tu me convidarias para irmos juntos
Ao carnaval em Miami
Carnaval que realmente significa
Algo para a minha pessoa
Não há fugazes palavras
Ou doloridas lágrimas
Somente o teu sorriso hialino
Enquanto dançava à luz da festa de Momo
***
As
suas despidas e despropositadas
Palavras
lançadas no ar têm tanto poder
Proponho-te
vivermos juntos
Como
se o amanhã sequer existisse
Meu
amor! O futuro é aqui e agora
E
te pergunto se podes
Ver
as grandiosas belezas efêmeras
Em
todas as pequenas coisas
***
Hoje
ao final da tarde
Vamos
lançar pedras preciosas
No
fundo do lago
Intelectualmente
não fará sentido algum
Mas
nada não pode mudar
De
fato o que se sentimos
Um
pelo outro
***
A
caminho do fim agradeço aos universos
Por
me proporcionar experiências
Que
sejam úteis paras as evoluções
Da
minha consciência que era nula
Abrir
a minha mente, os meus olhos
E
os meus ouvidos
E
o meu coração ferido de morte
***
Se
chegaste até aqui,
Muito
obrigado por me perceber
Agradeço-te
por estares interessado
Em
todos os aspectos do meu estribilho
Fragmento do livro: Astro-domo.
Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.
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