quinta-feira, 1 de maio de 2025

ACORDA COMIGO PELA MANHÃ!

 Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

Ao acordar ao lado teu pela manhã

Tu me confessas que ainda estás

Perdidamente apaixonada por mim

E eu só posso acreditar  

Nesta dádiva

***

E as vossas bem querências

De rechear de artes  

O teu vasto universo particular

E tornaste a artista mais-que-perfeita  

A novelistas... A poetisa...

A cronista...

Ao tomar a pena nas tuas mãos

E começar a pintar

E assim passas os teus dias

A desenhar em belas-letras no ar  

***

Adorei este novíssimo vestido diáfano  

Adorei os teus adornos  

A delinear os teus contornos

***

Vamos relembrar os dias benfazejos

Adentramos o palácio das memórias

Onde eu te vestia! Eu te despia!

Segurava-te nos meus braços

Levava-te para a câmara ardente

E lá nos amávamos perdidamente  

***

E estas flores vagas?

Que estão nos teus cabelos?

 Minha querida!

Adorei! Humaniza-se

***

Que sessão épica

Os últimos escritos teus

Sempre sonhadora e primorosa

Nívea poetisa, este fogo que tens

Que faz arder a vossa alma rebelde  

Penso ser lindo a vossa escrita  

A cada traço... A cada vírgula   

***

Sempre te olhei

Como uma mulher de sucesso

Que se destaca em meia as multidões

Escritora sensacionalista e autodidata

Livre simplesmente transita

Entre as abstrações vagas

 E os retratos suprareais  

Ao construir as tuas românticas

 Narrativas visuais

***

Mudasse de cenário

Pois é na maioria das vezes

É atrás de portas bem fechadas

Que criasse novos estilos

E designs fantásticos

Nesta hora derradeira  

Vejo-te flanar até o celeste vergel

 Vais colher astrais rosas vermelhas

Para depois lançá-las os ventos solares   

***

Obrigado por acreditar

E confiar na minha pessoa

Sussurras os seus pensamentos

Mais cândidos no meu ombro

 

Pois começo a semana

 Com uma grandiosa obra de arte

Verdadeira ode à tua beleza pós-moderna  

***

Passei um longo tempo

A te convencer a amar o oceano

As bravias ondas a quebrar na orla

 As brisas serenas e a calmaria

Bem antes da tempestade chegar

 

Fragmento do livro: Astro-domo. Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário