terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

AMORES VIRTUAIS NOS DIAS DE HOJE

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

 

Eu não sei mais o que é verdade, ou mentira nos tempos atuais.  Eu não acredito mais em juras vazias de amor pois eu cresci! Mas não desisti de ter um coração que transborda amor. Não me vejo encantada com o amor, com o amor a dois em aplicativos da internet. Aliás, sempre foi muito complexo e até perigoso. Ando fatigada, morri mais de dez vezes, levantei e novamente tropecei em redes virtuais.

Hoje, é diferente, não grito, apenas me calo, não murmuro, aprendi a cair e me levantar. Aquieto-me e penso no que posso fazer. Há coisas que eu não procuro saber a verdade, nunca fui perfeita e acho que nunca serei. Apesar do cansaço existe um desejo de vida dentro de mim, desesperado. Agora mesmo, estava pensando, há tantos amores, paixões, nos quais vivem como num suplício. Jamais o culpado é só um, são ambos.

Nesse mundo de amores líquidos, os amores virtuais não fazem juras verdadeiras. É nítido que sempre existe uma certa ilusão para se aproximar ou ser correspondido. É tão pequeno e cruel, esse tipo de amor, parece que se evapora no ar e fica somente dores e cicatrizes.

Eu sofri com amores virtuais, parecia que havia espinhos em meu peito, dores constantes na alma. Naquela época, queria enxergá-los, ver seus olhos, foi tudo em vão, sempre será uma mera ilusão.

Amor é calmaria, não se faz juras numa tela de celular, imagina como é perigoso, vemos tanto caso de pedofilia. Guardamos no íntimo apenas momentos, nos quais nossa memória eternizou. Amor é vida a dois, ambos se ajudam.  Às vezes pergunto-me: — Será que todo o amor que carreguei caberia no meu mundo, tão pequeno!?

Nunca cheguei a ver seus olhos, conhecê-lo o suficiente. Bom! Acho que não caberia, é loucura se iludir. Sempre um pode se machucar, ou ambos. Mais uma vez, precisei morrer para viver!

Tudo isso não passa de ilusão, são amores líquidos. E é por esse motivo que devemos dar valor à vida, e nunca se esquecer de nos dar atenção, e prioridade (amor-próprio) sempre....!

Fabiane Braga Lima é poetisa, cronista e contista em Rio Claro, São Paulo

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

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