Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
No escuro do meu quarto, não tinha como ver as
flores do quintal, somente a subjunção do ninho vazio com o silêncio noturno e
a voz embargada com os gritos presos.
Na cama, entre papéis e livros antigos, viu o
tempo das horas como uma música perturbante. Aquele "tic tac" fazia
pensar que tudo estava indo tão depressa que não podia mais ficar ali, entre
comodismos e velhas histórias.
Dava para ver as transformações de algumas
coisas, mas ainda restavam coisas antigas no seu canto como canções que viajam
por séculos e não perdem o seu sentido. No rádio, Ivan Lins quebra a rotina e
versa os seus pensamentos. Dá para dizer que a vida é do jeito que ousamos ser.
Clarisse
da Costa é artesã e cronista, em Biguaçu, SC.
Contato:
clarissedacosta81@gmail.com
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