Por Marcelo de |Oliveira Souza, IWA (Salvador, BA)
Ouvi desde criança
Essas palavras a desfrutar
No redemoinho a sua pujança
Faz o substantivo, verbo conjugar.
Esse mundo ainda tem esperança
Mesmo com a perfídia
Com cara amiga acenar?
Pouco a pouco tem até vigilância,
Esperado o certo entortar,
Ninguém olha com a fragrância
da abundância,
Querendo o bem plantar?
Surpreendo-me nesse mundo estranho
De quem mais confia,
Um punhal faz-se atravessar.
As janelas da alma estão foscas
Para na penumbra atormentar,
Vejo mão que sempre aceno,
Não torna um coração ameno,
Porque ele é muito pequeno
Com tanto veneno a pulsar.
Os dias se arrastam
Com todo esse turbilhão
Faz-se de tudo
Mas os olhos foscos não vão brilhar.
Essas palavras bonitas
Que sempre são ditas
São poesias copiadas
Que não chegam a nenhum lugar.
Onde tudo ainda se arrasta
Mas as palavras escritas já basta,
Aqui nesse mundo
O que vale mesmo é o amor e a consideração,
O resto é malversação de sentimentos fora do lugar!
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