Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Cheguei
numa fase da vida que me sinto privilegiada. Sabe, aquela fase, onde desatamos
os nós que nos prendia a tantas futilidades. Faço o que gosto, sem pressa e sem
precisar agradar ninguém. Porque no fim, sempre acabamos sozinhos(as).
Como é bom acordar bem humorada! Não, com o
semblante triste, envergonhado(a) por absolver tanto desprezo, e muitas vezes
sermos chamadas de louca, ou vadia. Sinceramente, eu não me importo mais, não
sou uma princesa, nem pretendo ser. Sou apenas uma mulher, na qual quebra
tabus, nada santa! Tenho paixão pela escrita de vários gêneros, posso ser pura
e impura, depende do dia. Não sou de dar indireta, sou direta sempre e apenas
uma vez.
Cresci psicologicamente! Gosto de
pessoas com espíritos livres, mas nem sempre fui assim, me prendia muito ao
passado. Hoje sou errante, não tenho destino. O vento me guia. Sofri muito no
passado! Mas cá entre nós, o que o passado nos reserva!? Nada, pois passado é
apenas passado. Exceto que ficam as lembranças boas ainda dói muito. Como dói!
Mas a vida segue, somos instantes. Quantas vezes chorei por amores passageiros.
Hoje, restou-me o presente, onde me enxergo uma mulher, com rugas em volta dos
olhos, alguns cabelos brancos, um corpão excitado, sonhadora, e ao mesmo tempo
realista.
São tempos sombrios de amores líquidos,
fuja! Lute, lute muito, tenha sempre expectativa na vida, mas se coloque em
primeiro lugar. Se priorize, quebre tabus, e (amor-próprio) sempre. Converse
com o espelho e diga: — Mulher, como você é linda, tão pura e impura! Santa!?
Só você pode responder...! Apenas uma mulher.
Fabiane Braga Lima é poetisa e contista em Rio Claro, São
Paulo
Contato: bragalimafabiane@gmail.com
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