Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Viver e ao mesmo tempo, querer estar
morta, não faz sentido. Perde-se a noção do tempo da vida. Eu ousei entrar em
mundos desconhecidos, havia uma conexão indecifrável, com algo, ou alguém.
Mesmo fatigada, eu ousei, eu gritei, me torturei, ainda desconheço o porquê!
Não sei se foi telepatia, ou utopia. Mas sinto as dores, criei cicatrizes,
talvez exista um pouco de verdade, pois carreguei um pranto, sempre presente.
Desrespeitei as leis vitais, me joguei no cárcere da morte, e lá esperei o amor
daquele homem que amei, e minha alma, sempre amedrontada.
Incoerente, entreguei meu coração a
alguém que mal conhecia. Fiquei entre a demência e a razão, oscilando o meu
próprio inconsciente. Em desatinos caminhei, sobrevivendo, contando histórias
da minha vida, histórias sem nexo algum. Esqueci de existir! Hoje o tempo urge,
estou lúcida, não sou apenas um personagem fictício.
Nunca faça da vida um suplício, não
sangre sem sentido, não carregue consigo serpentes, pois são traiçoeiras, nunca
se sabe quando vão dar o bote. Se realmente quer sobreviver, se afaste, não se
esconda.
Hoje, já não derramo lágrimas sem razão,
cuido da minha alma. E toda vez que me olho no espelho, vejo a mulher que me
tornei, perfeita e imperfeita... com cicatrizes, com expectativas, distante do
caos dos gritos contidos e de paixões que nos matam...!
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