Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Deve haver algum lugar, onde eu possa mostrar meus ideias, pois se não houver
me sinto uma ideia morta. Deve haver algum lugar, onde eu possa tirar essa
maldita máscara, e mostrar minha face, não sou a mesma pessoa de anos atrás. Há
mulheres amedrontadas com o mundo lá fora.
Não, eu não tenho medo de perder os meus
sentimentos bons, pois sou devota da vida! Nada melhor do que acordar e nos ver
cercada daqueles que nos amam e amamos, os nossos filhos, os nossos maridos, os
nossos irmãos e irmão, os nossos pais, enfim os nossos familiares queridos.
Tenho asas, sei voar, sou poeta, mas o perigo mora
em volta. Não tenho a mesma liberdade de expor meus desejos, insanidade, minha
audácia de mulher! O mundo, o nosso país virou um caos...
Ser mulher não é fácil, nunca foi, somos sinônimo de eloquência, para mitos
engravatados, como se não bastasse, somos assediadas e devemos resignar.
Eu, jamais, vou aceitar a derrota, lutarei até o fim, enfrentarei todos os
perigos do meu tempo, pois nunca tive medo. Ouso ter a minha liberdade e expor
as minhas ideias! Quanto maior for nosso medo, menores serão nossas
expectativas, perde- se sonhos e o planejamento familiar...
Devemos seguir sem medo, sem amarras, insana, intensa, sem oscilar. Posso
morrer, mas morro lutando por meus ideais, pois sou mãe e sou mulher. Estou
viva e sou um grito...! Sou grito em meio ao caos.
Fabiane Braga Lima é poetisa e cronista em Rio
Claro, São Paulo.
Contato:bragalimafabiane@gmail.com
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