Por Marcelo de Oliveira Souza, IWA (Salvador, BA)
A morte de uma sexagenária
Na revolução da Bahia,
Furada por uma turma sanguinária
Mesmo assim a fé não ruiu.
Em meio às orações
Onde já se viu,
Uma tropa armada furar a freira
De forma violenta, a quem Deus serviu.
Com tantos anos de idade
Naquela época que não tinha facilidade
A freira com brado forte
Honrosamente defende o Brasil.
Não temendo qualquer sorte
Pulou para a eternidade
Com o peito cravado pela maldade
Foi a primeira Mártir que na terrinha
surgiu.
E até hoje seu brado resvala
Na porta da Lapa, cujos braços abriu,
A Freira pulou para a eternidade
Defendendo a Fé e Pátria, braços
frágeis, partiu...
Com grandes homenagens em julho
No segundo dia, orgulho
A soterópolis desfila e relembra
Que os braços frágeis, abraçaram mil!
Onde a luta era lugar constante
Luta e luta, mais adiante...
Que uniu a pátria radiante
No sol da liberdade, mãe gentil!
(Homenagem à Joana Angélica, mártir da Conjuração Baiana, que é comemorada em dois de julho).
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