quinta-feira, 1 de setembro de 2022

TODOS OS MEUS PERDIDOS VERSOS AGRAFOS

 Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

O flanar lento e lânguido

Nas infinitudes cósmicas

Dos apopléticos e perdidos

Versos agrafos do poeta de ébano

Em hialinas dores

Na pós-modernidade fluída

 ***

O livre flanar

Em tempos intempestivos imemoriais

Onde tudo parecia fazer sentido

***

São os nossos corpos incorpóreos

Alquebrados que caem

Em queda livre

Na álgida fossa abissal

***

São todos os celestiais

Versos agrafos

Do negro aedo nefelibata

 Em eviternas dores atrozes

São sintécticos estribilhos

Velozes e vorazes  

Sussurradas ao pé-de-ouvido

Para a astral negra ninfa dos bosques

Em horas impróprias

Em um tempo difuso e incerto

 

Texto de Samuel da Costa, é poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.  

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

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