Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Esperando por
você.
Supra o meu
querer.
Venha meu Poeta,
faça-me crer.
Recite poemas de
amor, recite!
Crie uma síntese
no decorrer,
Madrugada afora
sacie os meus gostos.
Ouse nos versos,
deixe acontecer...!
As beatas se reuniam no linear da
lavoura, enquanto os homens se reuniam na varanda da casa grande. Os homens se
embriagando e as mulheres rezando o terço, que era bem estranho, para quem
visse a cena que se desenrola e não vivia aquela realidade. Para as pessoas
ditas normais, nos seus cotidianos, que viviam no vilarejo, diziam aos
sussurros e abertamente que as quatro beatas, eram bruxas.
Jovens e bonitas, elas se achavam as
donas do pequeno vilarejo, enquanto seus esposos ficavam soltos, rodeadas de
mulheres, homens casados em cabarés e entregues a outros vícios, não era normal
aos olhos de muitas pessoas do lugarejo. E para alguns a situação toda era
motivo de piadas e ninguém sabia o porquê. Para o padre Luiz, Lú para as
pessoas mais próximas, o modo como viviam as quatro famílias abastadas, estavam
vivendo normal. Para o religioso, famílias ricas assim se comportam, no
passado, no presente e no futuro.
Então tinha a jovem Tula, que era
apaixonada pelo padre, um segredo que todos sabiam. Tula, a jovem mulher nunca
conseguiu disfarçar a sua paixão pelo clérigo, se arrumava bem e era sempre a
primeira a chegar e sentada na primeira fila nas missas.
Certo dia, Tula, ela sentada na
primeira fila, rezava o terço, com os fartos seios quase à mostra, pois, ela se
comportava como se estivesse sozinha e à espera do padre Luiz. Assim que entrou no altar, o padre Luiz, ele
vestido com uma imponente túnica roxa, o homem de Deus cumprimentou a todos e
começou a sua missa, o padre Luiz não dava ousadia para a devota Tula. Naquele
dia em particular, a jovem Tula saiu furiosa da missa assim que ela começou.
Richard, o esposo de Tula, sempre
foi um bom homem, nos conhecemos no colégio, éramos amigos. Richard, muito
querido, entre todos e principalmente entre as mulheres desde os tempos de
colégio.
Relatei o passado e hoje, Richard,
praticamente, estava vivendo nas ruas, como um mendigo. Fui até ele, com a
intenção de puxar uma conversa.
— Richard! Sou eu a Sara, a sua amiga
do colégio! Se lembra de mim? — Perguntei sem rodeios ao chegar perto
dele.
— Sim, me lembro, me deixe em paz! Vá
embora! — Respondeu Richard.
Aconteceu, o que eu previa! Tula e
padre Luiz juntos? Eu precisava descobrir o quanto antes. Como não amar
Richard? Eu não entendo!
Contato:
debragafabiane1@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário