Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Esperando por
você.
Supra o meu
querer.
Venha meu Poeta,
faça-me crer.
Recite poemas de
amor, recite!
Crie uma síntese
no decorrer,
Madrugada afora
sacie os meus gostos.
Ouse nos versos,
deixe acontecer...!
Richard, foi extremante rude comigo,
pois eu apenas estava preocupada com ele. Pensando bem, Richard traia Tula, com
outas mulheres, que a meu ver não era nada normal. Então, qual o problema de
Tula ser amante de padre Luís?
Imbecil, foi merecido, bom, eu havia
apenas deduzido, acho que queria, aliás, quero, que seja verdade, pois sinto
uma forte atração por Richard, desde da época do colégio. Ah! Com eu queria,
passar ao menos uma noite com ele.
Sabe, não será difícil, afinal, ele vive em cabarés com outras
mulheres.
No dia seguinte, entreguei mantimentos
na lavoura, poucas pessoas aí até o estranho lugar. Como eu esperava lá estavam
as devotas, olhei com curiosidade as quatro beatas. Na frente da casa grande um
administrador e estava me esperando, incrivelmente o homem, queimado pelo sol,
estava sorrindo. Eu imaginava uma cara sisuda, vou popular os detalhes da
entrega que fiz naquela manhã de sol.
Entrega feita, olhei no relógio, pelo horário, Tula estava chegando na
igreja vestida com as suas roupas decotadas é com o casaco na mão. Parti rumo à
cidade, sem olhar para trás, seria uma pequena viagem.
Chegando na cidade, achei melhor não
me arriscar, fui direto para casa e não pararia no centro da cidade, mas não
teve jeito, de repente, Richard aparece, me interpelando.
— Sara, me desculpe pôr ontem, não
tive a intenção de ser rude, desculpe-me? — Disse Richard envergonhado.
— Claro que o perdoo você! Sabes que
não guardo mágoas! — Disse me esforçando para não dar um tapa na cara de Richard.
— Estava com saudades, de conversar
com você — Falou Richard sorrindo com os olhos. — Eu também, que tal…
— Que tal, o quê? — Interrompi
alarmada com o rumo da conversa.
— Passarmos a noite juntos, bebendo
vinho e relembrar os bons tempos na época do colégio. — Falou Richard.
— Mas, e sua esposa? — Perguntei para
ver de fato até onde ele iria.
— Somos liberais!
Liberais? Estranho logo pensei, ou
ele estava mesmo incomodado com a sanha de Tula, para cima do padre Luís.
— Richard meu bem! É tudo meio
complexo para mim, porém, estaria mentindo, se negasse o meu interesse pelo
convite — Respondi com ares de mulherzinha ingênua
— Então? — Perguntou Richard pendendo
a cabeça para a esquerda, como sempre fazia quando estava fragilizado, com medo
ou confuso.
— Aceito! Estarei em casa à sua
espera! — Respondi e fui embora sem olhar para trás. — Que os jogos comecem!
Gritei bem alto, chamando a atenção dos poucos gatos pingados que estavam na
praça.
Contato: debragafabiane1@gmail.com
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