quarta-feira, 1 de maio de 2024

MARGARETE (DE TUDO QUE SERÁ MEU)

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

 

No dia seguinte, retornei à casa de Jane, tinha em mente seduzir Raul. Mas, agora definitivamente, como uma leoa voraz.  Ao bater na porta da casa de Jane, uma empregada me avisou que ela, se encontrava dormindo, afinal ela tinha depressão. Insisti chorosa que queria ver a minha melhor amiga, ela ligou para Raul, depois de um breve diálogo entre os dois eu fui liberada para ver a minha amiga.

Subi as escadas, junto com a emprega doméstica pensando, que não passava de frescura a depressão de Jane. Disse para a serviçal da casa que queria ficar sozinha com a minha amiga e ela a contragosto me deixou sozinha com a minha amiga. Sozinha com Jane a observei deitada na cama, ela tola ao extremo, ao invés de aproveitar a vida. Ela vivia trancada no quarto, com um cheiro de mofo e como se não bastasse, havia restos de comida no chão. Pena, uma burguesinha deprimida, ocupando um luxuoso e belo dormitório como aquele.

Foi em direção a escada, mas ouvi um barulho de um secado de cabelos, eu andei um pouco para trás, era um quarto um pouco distante dos aposentos de Jane. Olhei pela porta, que estava aberta e vi a minha a mamãe de Jane, Sula, estava arrumando os cabelos, com a cabeleira de confiança dela, as duas cochichavam e riam baixo. A cabelereira com um secado reluzente, que não fazia ruído algum e Sula sentada em uma pomposa cadeira de salão de beleza. A madame montou um salão de beleza em sua mansão. A linda Sula e a sua etérea beleza artificial. Depois de olhar a deprimente cena que se desenrolava sem ser notada retomei o meu caminho.

Dei meia volta e vi Raul, que me olhava de longe, ele me fazia sinais. Articulei as minhas ideias, nas quais poderia, ou não, chamar a atenção de Raul, como lidaria com ele? Repugnante pensei, ela passava o dia me cobiçando com uma mera conquista, mais um troféu eu pensei. Pensei que para os meus projetos, poderiam realmente se concretizar e só eu jogar o jogo, com cautela e cama. Foi me aproximando do dono casa, como se estivesse com medo e cheia de dúvidas. 

— Raul meu bem, poderíamos entrar na piscina de hidromassagem de novo? — Perguntei entredentes.

— Claro, me espere logo estarei lá. Esperei a infeliz da sua ex-mulher sair, daqui a pouco ela irá fazer compras! Vá para o quarto de Jane e espere! —Falou o dono da casa com propriedade e me despi diante de Raul.

Eu fui para o quarto da minha melhor amiga, ela ainda dormindo profundamente. Passaram uns poucos minutos e vi Sula entrar no luxuoso carro de Raul, depois vi os entregados da casa saíram um por um, logo pensei que Raul deu folga para os empregados e empregadas da casa. Dei adeus a minha amiga e fui desci as escadas e fui para os fundos da casa, fui até a área da piscina, onde ficava a banheira de hidromassagem. A banheira já estava preparada, tirei as minhas roupas, as joguei no chão e esperei por Raul, que não demorou a aparecer, ele usa um roupão. Ele colocou roupão e colocou no cabideiro ao lado da banheira de hidromassagem.  

— Margarete, quero dar-lhe um cartão para fazer compras, além de ser amiga de Jane, tem me feito um homem feliz, novamente. —Disse Raul me massageando a minha nuca. Fizemos amor ali mesmo, Raul como homem maduro me conduziu sem presa alguma, com certa voracidade contida.  

Se ele soubesse, que meu intuito era bem outro, eu não sou uma completo idiota. Eu não aceito meras migalhas. Fadigada, daquela situação, que aconteceu novamente, mal sabe ele, o cansaço excessivo que eu sinto, ser mais uma conquista, uma de muitas. Enfim, consegui dar um grande passo à frente e ele, Raul deslumbrado com a minha juventude, que até ali apetece parte das minhas vontades, fazer parte da vida de Raul. Resignava, porque ele atendeu todos os meus pedidos, que eram poucos. Mas, logo, logo, tudo aquilo seria meu.

 

 

Contato: debragafabiane1@gmail.com       

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