terça-feira, 1 de julho de 2025

NÓS DOIS A CAMINHAR ENTRE OS ASTROS MORTOS

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP) e Samuel da Costa (Itajaí, SC)


Pudera eu viver de fantasias,

Acalentar falsas alegrias!?

Pudera eu viver sem receios,

Acobertada! Sem tantos medos!?

***

Dos meus lúdicos versos convulsos

São algaravias sem poesias

Sem métricas, sem artes

Sem ritmos e sem rimas

Que histéricos gritam

Eu não posso mais

Viver sem você

***

Ah...Como dúvida o meu coração.

Se ao menos! Tivesse ele alguma razão...

Minh’alma surge e me consola,

Leva-me calma, não me isola.

***

Do que os olhos não podem ver

Do que as mentes não podem crer

O que os outros não podem sentir

Trago-te abstrata,

Completa, excelsa e lânguida

Para dentro dos cósmicos

Estros meus

***

Mas! Levanto-me, me sinto tão fria.

Nenhuma luz me envolve, me deixa vazia.

Não, tudo isso é pura melancolia!

Vivo plena! Em constante alegria.

Pois vivo d’versar, e rimar magia,

Poesia, me refaço, com maestria...!

***

Pudera então somente

Nós dois! Quedos literatos eviternos

De mãos dadas e caminhar

Entre os astros-mortos

 

Fragmento do livro: Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos. Texto e argumento de Fabiane Braga Lima, novelista, poetisa e contista em Rio Claro, São Paulo.

Texto e revisão de Samuel da Costa, novelista, poeta e contista em Itajaí, Santa Catarina.

 

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