Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
As negras longas hastes finas das negras luminárias pendiam do teto, na ponta
do bocal em formato de meia lua e as suas luzes amarelas frias, produziam ilhas
de luzes, em meio ao breu absolutos do ambiente álgido. A pista de dança vazia
e o silêncio sepulcral imperava no lugar. Aflita, Luna caminhou lentamente, ia
em direção ao palco, no final da pista de dança. E Luna admirou os lounges, era
nichos quadrados de madeira envernizadas. Pequenos cercados de um metro de
altura, mergulhados na completa escuridão e Luna pode escutar sussurros e
gemidos vindos dos espaços.
Duas mulheres, de corpos esculturais, abraçadas,
que caminhavam em direção a Luna, davam risadas leves e nada discretas. Estavam
seminuas, com trajes sumários, uma muito jovem, corpo escultural, tinha a pele
amendoada e com os olhos negros rasgados, usava um diadema amarelo, ricamente
ornado de joias. Luna tentou absorver o sofisticado design da peça, ela não
soube responder às inúmeras perguntas, a única certeza era que a peça era cara,
rara e exclusiva, pensou ela. A outra era loura de meia idade, com profundos e
misteriosos olhos verdes, e corpo atlético coberta de tatuagens orientais pelos
corpo, Luna calculou que eram duas modelos fotográficas.
As duas passaram ao largo de Luna, como se ela simplesmente não existisse, Luna
olhou para trás e viu horrorizada tentáculo negros saírem de um lounge e tragar
as duas mulheres, para dentro da escuridão em poucos segundos. Um esguicho de
sangue jorrou, histéricos gritos de horror ecoaram. Luna fechou os olhos e viu
as duas mulheres impávidas andando felizes e a poça de sangue havia
desaparecido.
Luna retomou a marcha, pensando que tipo de encrenca Grege Sanders a tinha
enfiado.
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