Por Samuel da costa (Itajaí, SC)
Para
Luana Santos de Oliveira
A bela negra!
De turbante multi-cores falou:
És negro sim... És negra sim...
***
Então vem...
Vem ver o meu Abadá!
Ganhar as ruas...
Então vem ver o meu Afoxé
Ganhar as ruas!
***
Então vem sem medo...
Guria!
Vem guri!
Provar o Aluá...
Ver o meu Banzé,
Provar o meu Quindim;
Vem ouvir o meu Afoxé...
O Agogô e o Caxixi!
***
A deidade do turbante multicor.
Na cabeça falou...
Chama o Griot!
Conta-me uma história...
Do nosso povo preto
Da nossa negra gente
***
A diva dama do turbante multicor!
Na cabeça falou...
Chama a Quianda...
Ei deusa das águas,
Canta e encanta,
Quebra o silêncio secular!
***
A nobre senhora turbante multicor.
Na cabeça falou:
– Ouça o caxambu!
Prova o meu quitute...
***
A afrodama do turbante multicor
Bradou assim
És negro sim...
És negra sim...
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