segunda-feira, 1 de maio de 2023

EVAPORAR-SE (NA SUPREMA FANTASIA)

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

O que será de mim?

Quando a hirta realidade...

Por fim chegar...

E não sobrar mais nada!

Para nós dois!

***

O que será de mim?

Quando o nevoento vergel.

Dissipar-se ao longe! No rubro arrebol…

Em meio à bruma encantada,

Bem diante dos meus lânguidos...

 Olhos em chamas!

E o ignoto eflúvio da Halfeti...

Deixar-me entorpecido...

Por completo!

***

O que sobrará de mim?

Quando a magnificente

Negra Valquíria... Esvaecer em definitivo...

E partir para todo o sempre!

Dos meus eufônicos livres versos

Dos meus quiméricos sonhos...

Mais que sagrados.

E me sobrar somente o deserto do real!

A realidade liquefeita!

O que será de mim?

Quando tudo acabar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário