segunda-feira, 1 de maio de 2023

MEDO

Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)


O medo é tamanho

Que não se percebe a vida

Entre as flores, o perfume e as cores.

O homem constrói muros

E nessa ilusão de fortaleza

A solidão lhe toma conta.

Os seus fartos,

Muitas vezes sem sentido

São farrapos

Remendados na alma.

Pisa na estrada abaixo de

Seus pés

Sem olhar para quem

Está à sua volta.

Então o medo de estar sozinho

Tira-lhe gotas de lágrimas

Dos seus olhos

E sem saber do seu destino

Sentencia a si mesmo a solidão.


 

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