Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Somente aquela velha guerra
Subterrânea e covarde
E uma triste constatação
Tu deveria estar ao meu a lado
Em tempos difíceis
Mas não está... Nunca esteve!
E nunca pretendeu estar
***
Sou eu a aldeia! Sou eu a árvore!
Sou eu a densa floresta
Sou eu o selvagem
Sou eu o ser livre
Sou eu o decaído! Sou eu o derrotado!
Sou eu o escravizado!
Constando que não há mais guerras
Para
eu lutar
***
Não há nada de novo no front
Somente aquela velha guerra secreta
Subterrânea e covarde
Que não acaba e deveria acabar
Mas que já acabou
Mas não acaba
Que deveria ter acabado
***
Não há nada de novo no front
Sou eu o caído! Sou eu o derrotado!
Constatando o óbvio
Que não há mais guerras para lutar
Fragmento do livro: Horizonte
vermelho, de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí,
Santa Catarina.
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