terça-feira, 1 de abril de 2025

NÃO HÁ NADA DE NOVO NO FRONT

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

Somente aquela velha guerra

Subterrânea e covarde

E uma triste constatação

Tu deveria estar ao meu a lado

Em tempos difíceis

Mas não está... Nunca esteve!

E nunca pretendeu estar 

***

Sou eu a aldeia! Sou eu a árvore!

Sou eu a densa floresta

Sou eu o selvagem

Sou eu o ser livre

Sou eu o decaído! Sou eu o derrotado!

Sou eu o escravizado!

Constando que não há mais guerras

 Para eu lutar

***

Não há nada de novo no front

Somente aquela velha guerra secreta

Subterrânea e covarde

Que não acaba e deveria acabar

Mas que já acabou

Mas não acaba

Que deveria ter acabado

***

Não há nada de novo no front

Sou eu o caído! Sou eu o derrotado!

Constatando o óbvio

Que não há mais guerras para lutar

 

Fragmento do livro: Horizonte vermelho, de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.

 

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