Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Naquela noite
Naquela noite, não restava mais nada, a minha mente foi
voltando ao normal, enxerguei a vida, não havia mais o medo de ficar presa no
meu subconsciente. Fui enxergando aos poucos, onde tinha me perdido, fui me
encontrando aos poucos. Deu uma vontade grande de chorar, quis voltar, mas não
havia mais nada, apenas destroços e meus versos feitos nas madrugadas. Como é triste, e dolorido saber que deixamos
de viver por meras ilusões, como é triste saber que perdemos tempo, pois eu
perdi. Nada faz sentido, é como um relógio empoeirado e quebrado, presa no
tempo. E quando realmente acordei, não me lembrava de mais nada, precisava
cuidar do meu psicológico. Naquela noite, não ouvia vozes, nas quais me perturbavam, não havia sombras do
passado. Naquela noite, eu acordei e resolvi viver. Foi preciso a arte me
esmagar para que eu pudesse sentir que tenho alma, e sede de vida...!
Enigma
Repugnante e sem razão, sou eu sem você. Então, surge do
nada, dominada por este amor desmedido, me entrego. Encantada com seus
mistérios, e seu jeito de me acalentar em teus braços, meu corpo o deseja.
De repente, todo desejo desaparece! Estou enlouquecendo, tu
se tornaste um vício, preciso encontrar os desígnios da tua alma, e tua melhor
parte! Mas, todo este sentimento é muito forte, fico eu intacta, como se
estivéssemos entrelaçados, mas só escuto eco, apenas eco e mais nada.
No oculto! Sacia-me no silêncio, sinto minha pele arder por te
querer, assim, desmedida. Profanação! Minha cura e loucura, mistérios da alma o
grito intenso no silêncio!
Aquieto-me e penso: — Nem todas as verdades são para todos
os ouvidos, nem todas as mentiras podem ser reconhecidas como tais.
Desvendar
te não ouso!
Silêncio
Hoje, silencio meus versos e rimas
Minha alma pede paz e necessita
Encontra-se ardendo, ânsia, fúria
Calo-me, pois preciso do silêncio
Inquieta escrevo e me descarrego
Tenho a sensação terrível do medo
Consome, toma-me como refém...
Sem direção e infindas incertezas.
Bendita inquietude que m’domina
Minha mente parece encarcerada
Sinto-me intacta, de mãos atadas.
Aquieto-me, pois o mundo grita
Chora de dor... maldita ganância
Esperança, loucura ou solução!?….
Preciso de paz
Havia areia em meus olhos, não enxergava
Limpei-os, tudo ficou nítido! Recolhi-me...
Foi melhor me livrar do talvez, da loucura...
Tudo me conduzia a insensatez, quero paz.
Preciso vencer demônios, preciso ser forte
Basta de incerteza de um passado obscuro
Escuridão, terrível desilusão que me cegou
Entreguei meu futuro, sonho, meu sorriso...
Hoje o dia resplandece, olho, se revigora...
Sempre, nasce um novo amor, transborda
Nossa essência, vivência, jamais morre….
Carrego o amor, abandono minhas aflições
Entrego- me ao presente, enterro o passado
Torturei- me sem sentido. Preciso de paz....!
***Preciso de paz
Labirinto do medo!!!
Não dá pra fingir que nada aconteceu
Ficou marcado dentro do meu coração
Noites geladas, triste, procurei não achei
Maldição, não passou de simples ilusão.
Meu coração incauto entrou em desatino
Por um amor que nunca se quer destinou
Debochou de quem amou, tanto venerou
Triste fim, apenas um romance qualquer.
Mas pensando bem! Sinto-me feliz
Pelo simples fato de ter virado mulher
De reencontrar-me. Há tempos me perdi.
Hoje! Não sei o que será de nós dois
Estávamos presos num labirinto do medo
Meu sangue escorreu. Maldição, ou amor!?...
Contato: bragafabiane95@gmail.com
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