Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
A vida me deu outra chance
Creio
que a vida me deu outra chance... Quantas vezes tropecei, cai e depois me
levantei. Como um pássaro caído, alcei voo, errante e sem destino! Morri e
renasci, nas minhas andanças, nos meus infindos e fantasiosos devaneios.
Acordei em desatino, pude ver com
os meus olhos e sentir na minha pele todas as dores. Pensei: - Que valor tem um
poeta que fala de dor! O mundo já vive
assombrado, necessita de amor e não de dor. Eu vivo na certeza e na tristeza
daqueles que se foram por um maldito vírus. Vivo numa realidade assombrada, mas
grata por estar viva!
Fantasio meus devaneios, para não sangrar a dor da realidade reinante. Tento e quero levar um pouco de amor para este mundo. Revigoro-me a cada dia para que o amor seja o meu objetivo. Se eu cair e não me levantar mais! É porque caminhei sobre espinhos e me feri. Mas eu sempre quero estar de pé, pois! Eu vivo. EU VIVO.
Deixe-me ser sua
Ressurgi na minha escuridão, sempre calado...
Olha-me apenas, como sua amiga,
Quando na verdade meu pensamento está em pecado,
Loucura misturada com
insanidade!
***
Nunca se entrega às minhas súplicas,
Intimida-me com palavras sem nexo,
Será que existe reciprocidade!?
***
Tomada por um desejo, sou eu querendo provar seus beijos
E saciar todos seus pecados,
Ser a tua mulher, amante, toda tua.
***
Há tempos lhe almejo, será que não mereço ser
A tua joia rara, sua eterna namorada, sua musa!?
***
Deixe-me embriagar a tua vida de amor,
Sem controle, sem medidas, sem pudor,
Deixe-me ser toda sua, incógnita doçura...!
Sou muitas
Nada restou noite afora, apenas o silêncio
Nada em mente, ingênua, profana, mulher...
Estranho, sozinha crio história, síntese...
Tento entender-me, cogitar, sempre ser...
***
Não almejo me construir, olho e vejo!
Estou aqui, ainda, inquieta, continuo viva...
Lá fora tudo fulgura, mistério a revelar
Tudo que me restou, foi autenticidade.
***
Inspiro-me na vida, paisagens e luxúrias..
Apavorada!? Não! Degusto desta junção….
Degusto das circunstâncias do mundo.
***
Penso! Poetizar apenas paisagem, como!?
Grito, solto às amarras, liberta de medos
Guerreira, mulher, santa, insana, sou muitas…!
Pois sou muitas...
Spina nova forma poética
Misterioso poeta
Procuro em sonhos,
Talvez, não esteja,
Realidade! Não sei!
***
Paixão sem limite, estranha epopeia,
Liberta quimera solte essa fera,
Síntese de desejos pecaminosos, ousei,
Misterioso Poeta, embriagou-me de amor,
Versos obscenos, poemas eróticos, versei!
Spina nova forma poética
Indestrutível
Sorriso pleno, encantador,
Extático olhar, sedento,
Enigma, meu suplício.
***
Tão incógnito, minha ousada fantasia,
Turbilhão de desejos, guia, felicita-me,
Sou toda tua, apaixonada, teu ofício,
Cobre-me de afagos, amor indestrutível,
Meu fruto proibido, nostálgico, vício...!
Contato: bragafabiane95@gmail.com
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